Brasil e Argentina vão criar futuro de soja para competir com Chicago
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Brasil e Argentina vão criar futuro de soja para competir com Chicago Buenos Aires - Brasil e Argentina, que formam o maior núcleo de produção mundial de soja, trabalham para criar um mercado sul-americano de futuros do grão para competir com o norte-americano de Chicago. A iniciativa é desenvolvida pelos mercados de futuros Bolsa de Mercadorias & de Futuros (BM&F), de São Paulo, e Rofex, da Argentina, com a autorização dos representantes da Agricultura dos dois países, confirmaram à agência Efe porta-vozes da bolsa Argentina, em Buenos Aires. As fontes da Rofex informaram que se trabalha contra o relógio para concretizar o projeto antes do próximo ano, já que o mercado de Chicago prepara uma iniciativa similar. Elas informaram que a criação do mercado sul-americano aponta para a defesa dos interesses de produtores e comerciantes da região para oferecer seus preços aos importadores da China, que se tornou nos últimos meses o principal cliente de Brasil e Argentina. Neste sentido, elas destacaram que os preços da soja em Chicago respondem a mais fatores do mercado dos Estados Unidos que aos da oferta e da demanda mundial, o que provoca normalmente defasagens que já provocaram conflitos com os importadores chineses.
Fortalecimento
- A criação de um mercado sul-americano da soja conta com a autorização
do secretário argentino da Agricultura, Miguel Campos, e do ministro
brasileiro da Agricultura, Roberto Rodrigues, dos quais se esperam compromissos
de segurança jurídica, apontaram. Medidas unilaterais Entre outras
medidas de segurança jurídica, é preciso que os governos
se comprometam a não aplicar medidas unilaterais que prejudiquem a confiança
nos índices de preços. Os maiores produtores mundiais de soja
são Estados Unidos, Brasil e Argentina, nessa ordem, mas os sul-americanos
em conjunto chegam a 90 milhões de toneladas, com o que superam os norte-americanos,
que prevêem colheita de 80 milhões de toneladas neste ano. O quarto
produtor mundial do grão é o Paraguai, que junto com Brasil, Argentina
e Uruguai formam o Mercosul. No entanto, os preços internacionais dos
grãos são fixados na Chicago Boardof Trade (CBoT), comentou o
jornal portenho "El Cronista", na edição de sexta-feira,
ao informar sobre a criação do mercado sul-americano. A iniciativa
se tornou pública em momentos em que o Conselho Agropecuário do
Sul do Mercosul delibera em Buenos Aires com a participação dos
responsáveis de Agricultura dos países do bloco e do Chile e Bolívia,
seus sócios comerciais. O Conselho Agropecuário do Sul foi criado
no ano passado para defender os interesses comerciais e concordar políticas
sanitárias dentro do bloco sul-americano, um dos assuntos discutidos
nas reuniões na capital Argentina. (Fonte: Gazeta Mercantil)