Brasil é 25º no ranking de exportadores

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O bom desempenho das exportações em 2003 fez com que o Brasil subisse no ranking dos maiores exportadores do mundo elaborado pela Organização Mundial do Comércio (OMC). O crescimento das exportações, ajudado pela demanda chinesa por produtos básicos, permitiu que a participação do Brasil nas vendas mundiais atingisse 1%, depois de mais de uma década representando apenas 0,9% das exportações internacionais. Esse aumento, porém, está permitindo que o Brasil apenas volte a ocupar o mesmo espaço que já possuía em 1980. No que se refere às importações, a fraca demanda no mercado nacional fez com que o Brasil despencasse da 27 para a 30 posição no ranking da OMC.

OMC - Segundo os dados da OMC, publicados ontem (5), o Brasil terminou 2003 na 25 posição entre os maiores exportadores do mundo em termos de valor, com 1% dos US$ 7,3 trilhões comercializados internacionalmente. Em 2002, o País ocupava a 26 posição, com 0,9% do comércio mundial. Já em um cálculo do comércio mundial que coloque os países da União Européia (UE) como um único bloco, o Brasil seria o 16º maior exportador, com 1,3% dos intercâmbios mundiais.
Com US$ 73,1 bilhões em exportações no ano passado, o Brasil teve um dos sete maiores aumentos de vendas entre os principais exportadores do mundo. O crescimento nas vendas teve incremento de 21% entre 2002 e 2003 e, segundo OMC, essa tendência deverá ser mantida em 2004, diante da recuperação dos preços das commodities e da demanda chinesa por bens primários para alimentar seu crescimento.

Crescimento - Os dados deste ano mostram que as exportações continuam crescendo a taxas acima da média mundial. Em janeiro, o crescimento das exportações foi de 20,7% e, em fevereiro, a taxa chegou a 14%. ''O Brasil tem a oportunidade de ser um dos principais ganhadores do aumento do comércio mundial em 2004'', afirmou um economista da OMC. O País, porém, ainda ficará abaixo do aumento das exportações registrado na China, que em 2003 foi de 35%. Mesmo assim, o Brasil mostra uma inversão da tendência registrada na segunda metade dos anos 80 e que perdurou durante a década seguinte. Em 1980, exportando US$ 20 bilhões, o Brasil representava 1% das vendas mundiais. Em 1990, com exportações de US$ 31 bilhões, a participação do País no cenário internacional já havia caído para 0,9%. Dez anos depois, o Brasil somava apenas US$ 48 bilhões em exportações.

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