Brasil deve importar 2 milhões de toneladas de milho

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A menor safrinha de milho dos últimos três anos vai fazer com que o Brasil precise importar até 2 milhões de toneladas do grão, volume quase sete vezes maior que as 300 mil toneladas importadas em 2003/04. A estiagem no Sul do País, que quebrou a primeira safra em 3 milhões de toneladas, reduziu a produtividade da safrinha. Mas, segundo analistas de mercado, outros fatores, como os baixos preços registrados no final do ano passado, desestimularam o plantio e determinaram a redução da colheita. Com isso, eles reduziram a área plantada em até 15% e diminuíram a tecnologia empregada. A menor oferta do grão poderá provocar reação nos preços a partir deste mês até a colheita da safrinha, em agosto. Em fevereiro, quando foi confirmada a quebra da primeira safra, o grão chegou a ser cotado a R$ 24 a saca no Rio Grande do Sul. No entanto, com o avanço da colheita, já recuou e mantém-se estável em R$ 21, valor semelhante à paridade de importação.

OGM’s - O maior fornecedor do grão para o Brasil, a Argentina, tem 6 milhões de toneladas de milho sobrando, que podem ser remetidas aos produtores brasileiros. Por isso, o governo deve liberar a importação de milho transgênico para o Sul do País somente no segundo semestre, dando tempo para o produtor recuperar a renda e se sentir estimulado para o plantio de verão. O analista da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Carlos Tavares, acredita que, para estimular os próximos plantios, o governo deve incentivar o uso de sementes mais produtivas - inclusive financiando pesquisas para aumentar a produtividade - de modo a reduzir, com isso, o custo da produção. A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) já autorizou a entrada do produto geneticamente modificado no País, faltando apenas a normatização pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (Gazeta Mercantil)

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