Brasil amplia receita e volume com venda de carnes
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Apesar dos recentes problemas para exportação para a Rússia e a Argentina, o Brasil continua se destacando no comércio internacional de carne. O embargo de vários países à carne bovina dos Estados Unidos vem favorecendo o Brasil, informou ontem o presidente do Fórum Nacional de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira. No acumulado do ano até maio, as exportações do produto cresceram 62,5% em receita e em 23% em volume.
Importações
suspensas - Os Estados Unidos registraram um foco de vaca louca em
dezembro de 2003, o que levou vários países a suspender as importações
de carne bovina. Nogueira contou que houve aumento de consumo de carne bovina
em importantes mercados, como a Europa. A previsão é que as exportações
de carnes somarão 1,5 milhão de toneladas em volume e US$ 2 bilhões
em receita neste ano. Em 2003, as exportações de carne bovina
somaram 1,3 milhão de toneladas e US$ 1,5 bilhão.
In natura - O valor pago pela carne também
cresceu. Dados da CNA mostram que o preço médio pago pela carne
bovina “in natura” em maio do ano passado foi de US$ 1.647 por tonelada.
Em maio deste ano, os preços subiram para US$ 2.249 por tonelada, incremento
de 65%. Ele estimou que ainda há espaço para novas altas. Em 2000,
a tonelada de carne bovina chegou a ser negociada a US$ 2,7 mil no mercado internacional.
Aftosa -
A maior parte do rebanho brasileiro está em regiões livres de
aftosa com vacinação, com exceção de Santa Catarina,
onde já não é mais necessária a vacinação.
“Cerca de 170 milhões de cabeças estão em áreas
livres com vacinação”, afirmou Nogueira. O rebanho total
é estimado em 190 milhões de cabeças. Ele enfatizou que
a carne consumida no mercado interno também é de qualidade. “A
qualidade é a mesma para exportação e para o mercado interno”,
disse. Ele acrescentou que a redução de impostos, principalmente
do ICMS, reduziu o número de abate clandestino. (AE)