BR NÃO DISCUTIRÁ AMPLIAÇÃO DE COTAS AGRÍCOLAS COM A UE

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O Brasil não vai aceitar discutir a ampliação de quotas para produtos agrícolas exportáveis do Mercosul como alternativa à negativa européia de negociar a liberalização de seu mercado e a redução dos subsídios, que consomem metade do orçamento europeu. Nos últimos dias, em conversas com empresários, o comissário (uma espécie de ministro) europeu de Comércio, Pascal Lamy, deixou claro, mais uma vez, que a União Européia discutirá o tema de subsídios agrícolas somente no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). Lamy disse também que os europeus estariam dispostos a promover um aumento de quotas para produtos agrícolas exportáveis do Mercosul. A Argentina, dada a situação crítica econômica e financeira que enfrenta, se mostrou sensível a essa alternativa, embora não exista, até agora, nenhuma proposta oficial a respeito. Na quarta-feira, o secretário argentino de Comércio e Relações Econômicas Internacionais, Martín Redrado, sugeriu, ante uma platéia de empresários, que o Mercosul deveria priorizar a ampliação das suas quotas de exportação junto à UE, ao invés de insistir nas negociações de um acordo mais amplo, que contenha também a redução dos subsídios agrícolas. "Não aceitamos essa alternativa. Se aceitássemos adotar um esquema de quotas, teríamos então de incluir também produtos europeus industrializados como contrapartida", disse à Agência Estado o embaixador Clodoaldo Hugueney, subsecretário-geral de Assuntos de Integração, Econômicos e de Comércio Exterior. Para o embaixador, o esquema de quotas tarifárias só pode ser aceito como exceção. "A regra geral das negociações é a liberalização do comércio", alertou Hugueney, principal negociador brasileiro. (Fonte: Agrocast)

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