BNDES reduz custo de linha para exportação
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A linha de pré-embarque do BNDES-Exim, que financia a produção de bens para exportação, vai ficar mais barata. Hoje o Exim, braço de apoio às exportações do BNDES, deve enviar carta-circular aos seus agentes financeiros comunicando mudanças na estrutura de custos do pré-embarque. A linha passa a ser indexada em 80% à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), e os 20% restantes serão vinculados à variação do dólar. A composição de custo da nova linha de pré-embarque considera ainda um spread de 3,5% ao ano mais outra taxa, chamada de "spread de descasamento", necessária para o BNDES fazer a troca de cesta de moedas para dólar na parcela dos 20%. Desta forma, o banco evita ficar descoberto, já que parte de seu custo de captação é em cesta de moedas. "Acredito que mesmo com a cobrança do spread de descasamento, fundamental para que a gente consiga fazer o swap da cesta de moedas para o dólar, a linha será competitiva com as oferecidas pelo mercado", avaliou Luiz Antonio Araujo Dantas, superintendente da área de comércio exterior do BNDES.
Facilidade - Até agora os financiamentos concedidos por meio da linha de pré-embarque eram atrelados em 60% à TJLP e em 40% à cesta de moedas. Os exportadores sempre reclamaram que a cesta de moedas torna difícil calcular o custo financeiro do empréstimo, o que termina reduzindo o apetite das empresas por esse crédito. O próprio Dantas reconheceu que a composição anterior do pré-embarque, com 40% do custo atrelado à cesta, deixou o produto caro na comparação com linhas comerciais.