Bitributação preocupa as cooperativas de transporte

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A principal reivindicação das cooperativas de transporte é garantir o adequado tratamento tributário nas operações decorrentes do ato cooperativo, ou seja, aquelas realizadas entre o associado e a cooperativa. “Hoje o transportador que é associado de uma cooperativa arca com a bitributação. Precisamos criar um ambiente favorável para o desenvolvimento do sistema de transporte cooperativo”, explica Dagnor Schneider, presidente da Coopercarga, de Concórdia (SC), que esteve em Brasília nesta semana visitando a OCB, em Brasília. “O Cooperativismo e o associativismo são formas de permitir que pequenos transportadores tenham acesso ao mercado competitivo com boas condições”, completa Schneider. Ele diz que a Coopercarga realiza compras em grupo e financia linhas de crédito para reduzir o risco do investimento no mercado.

Seminário das cooperativas de transportes - O superintendente da Ocesc, Geci Pungan, concorda com a reivindicação dos transportadores e enfatiza que este é o principal pleito de todos os ramos do cooperativismo, com exceção dos que já conseguiram que as operações do ato cooperativo sejam excluídas da base de cálculo de PIS/Cofins. “Para discutir a situação do setor estamos organizando o 1° Seminário das Cooperativas de Transporte, com apoio da OCDF. Pretendemos promover um amplo debate sobre a regulamentação do ato cooperativo, que é nossa prioridade”, anuncia o representante nacional do Ramo Transporte da OCB, Nélio Botelho. Ele informa que a realização do evento está prevista para agosto ou setembro deste ano. “Contamos com o apoio da OCB para a organização do ramo que hoje é formado por cooperativas de carga e de passageiros”.

Deficiências na infra-estrutura - O presidente da Coopercarga atenta também para a falta de infra-estrutura nos portos e rodovias brasileiros que poderá ocasionar um “apagão logístico” no país. “Ainda temos o agravante da frota brasileira passar dos 18 anos e estar desgastada. Sem caminhão o Brasil pára, a atividade de transporte é extremamente importante”. Segundo Schneider, o setor de transporte de cargas participa com 70% das atividades econômicas nas rodovias. “O desafio da Coopercarga é transformar o pequeno transportador em um operador logístico, proporcionando inclusão social, oportunidade de emprego e renda, além de contribuir para o desenvolvimento do país”, destaca. A Coopercarga, completou 15 e tem mais de 2.000 associados, com uma frota de 1.400 caminhões. A cooperativa gera 350 empregos diretos e 2.600 indiretos, atuando com 23 filiais no Brasil, Argentina e Chile.

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