BIODIESEL II: Diminui a concentração no segmento
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Apesar dos percalços que enfrentou, o mercado de biodiesel metamorfoseou-se para atingir um perfil próximo do imaginado no início do programa. É cada vez maior o número de empresas que arrematam lances nos leilões da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), é cada vez menor a fatia pela qual cada empresa fica responsável.
2005 - Em novembro de 2005, quando a mistura do biodiesel ao diesel mineral ainda não era obrigatória, apenas quatro empresas - Agropalma, Brasil Ecodiesel, Granol e Soyminas - saíram vencedoras do leilão realizado naquela oportunidade. Foi a primeira das 13 rodadas registradas até o momento. Um ano depois, em novembro de 2007, realizou-se o leilão que seria responsável pelo abastecimento do mercado no primeiro trimestre de 2008, quando a mistura obrigatória - então, de 2% - entraria em vigor. Sete empresas arremataram lotes, e a Brasil Ecodiesel ficou com quase metade do total - ou 46,4%. O valor dos lances prenunciava os problemas que afligiriam o mercado nos meses seguintes: o deságio dos lances ficou entre 18% e 25%.
Rodada mais recente - Na rodada mais recente da ANP, de fevereiro deste ano, foram 36 as unidades participantes. Saíram vencedoras 25 delas, pertencentes a 18 diferentes fabricantes. A Oleoplan, com 13,5%, foi a que arrematou a maior fatia, mas, também a Agropalma, presente no leilão pioneiro, de 2005, saiu vencedora, com fatia de 0,34%. Em relação ao preço de referência, de R$ 2,36 por litro, houve deságio de até 27,97%, mas a média foi de 8,72%, bem menor que a da rodada realizada no início da mistura obrigatória. (Valor Econômico)