Biocombustível como opção agrícola
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O governo do Paraná está decidido a proporcionar uma alternativa para o cultivo de grãos no Estado que não seja a produção exclusiva para exportação. De acordo com o vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, já existe uma parceria entre as secretarias da Agricultura, de Ciência e Tecnologia, o Conselho Regional de Engenharia (Crea), Tecpar, Iapar e Emater para a pesquisa de produção de biocombustível a partir de óleos vegetais. O tema foi um dos debatidos ontem, na reunião do governo com o secretariado, com a participação do professor Bautista Vidal, presidente do Instituto do Sol, de Brasília. Vidal é físico e defendeu a importância do Brasil como líder na produção de energias limpas. Segundo ele, o Brasil tem um enorme potencial para exploração de energias renováveis e pode se transformar na grande potência energética do planeta, desde que assuma essa responsabilidade. Vidal sugeriu ao governo do estado, uma aliança entre a Copel (Companhia Paranaense de Energia) e a Cemig (Centrais Elétricas de Minas Gerais) para dar o suporte necessário ao projeto de produção de óleo vegetal.
Potencial
- Essas duas empresa, segundo o professor, têm o potencial para
o desenvolvimento de um projeto de tamanha magnitude que pode trazer independência
e muito dinheiro ao País. “Certamente a Petrobrás também
vai se aliar ao projeto porque o Japão já mostrou interesse na
compra de energia limpa”, afirmou. Segundo o secretário Pessuti,
as pesquisas para esse projeto já estão adiantadas no Paraná.
O Iapar e a Emater estão pesquisando um zoneamento climático específico
para as culturas de girassol e nabo forrageiro, como alternativas de lavouras
de inverno no Estado, para produção de óleo vegetal. “O
objetivo é tornar o período menos dependente da cultura do trigo”,
observou. Pessuti adiantou que a Petrobrás já está participando
dos estudos da produção desses cereais para produção
de biocombustível. (O Estado do Paraná)