BATÁVIA: Processamento da indústria está normal em Carambeí

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Apesar de a Parmalat estar tentando retirar os equipamentos instalados na Batávia, em Carambeí, o processamento industrial continua normal. Essa informação foi prestada na manhã de hoje (14/11) por Franke Djikstra, presidente da Cooperativa Central de Laticínios do Paraná Ltda, acionista majoritária da Batávia. A Parmalat tem um contrato com a Batávia, através do qual cede equipamentos, usados na produção de iogurtes e outros derivados do leite. Mas uma decisão recente da justiça em São Paulo permitiu à Parmalat retirar o maquinário. O departamento jurídico da Batávia pediu à Justiça em Castro para que sejam retirados os equipamentos que não estão sendo usados. Paralelamente, um recurso junto à justiça em São Paulo tenta reverter a retirada dos equipamentos, segundo explicou o advogado da Batávia, Marcelo Bertoldi. Bertoldi espera um posicionamento da justiça para os próximos dias.

Concordata - Desde a concordata da empresa italiana, decretada em janeiro do ano passado, o maquinário continuava sendo utilizado pela sócia paranaense por força de uma outra decisão judicial. A devolução foi determinada pelo juiz Alexandre Alves Lazzarini, da 1.ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. Mas a Justiça da Comarca de Castro, atendendo a pedido da Batávia, sentenciou que a retirada deveria começar pelas máquinas que não estão em funcionamento. Parte do investimento feito pela Parmalat para a formação da sociedade com a Batávia foi feito por meio do repasse de maquinário para a fábrica. Desde junho de 2004, a Batávia ganhou o direito de continuar usando a marca Parmalat nos produtos lácteos pelo prazo de dez anos e de manter os equipamentos que foram cedidos em comodato. A Parmalat detém 51% das ações da Batávia, mas está afastada da direção da sociedade. Com o anúncio da recuperação fiscal, começou uma batalha jurídica entre as sócias. Uma perícia deve ser designada para avaliar qual o montante de indenização será paga a Parmalat pelo capital acionário. De acordo com comunicado enviado pela assessoria de imprensa da Parmalat, a empresa tenta uma solução amigável há meses para encerrar a sociedade. Com a retomada do maquinário, a Parmalat pretende voltar ao mercado de refrigerados.

Holandeses - A empresa conhecida hoje como Batávia S. A. surgiu em 1954 quando imigrantes holandeses de Castro e Carambeí fundaram a Cooperativa Central de Laticínios do Paraná Ltda. (CCLPL). A sociedade foi firmada entre quatro cooperativas e o grupo italiano em 1998. Na época, a Parmalat comprou as ações por R$ 140 milhões. Com faturamento anual superior a R$ 500 milhões, a Batávia considera-se líder no mercado de refrigerados no Sul do Brasil, com 20% de participação, contando ainda com 1,7 mil funcionários. (Com informações da Gazeta do Povo).

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