Bancos: cresce o controle estrangeiro

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Das cem principais instituições financeiras operando no Brasil no ano passado, 38 têm controle estrangeiro. Os principais bancos estrangeiros têm controle americano, inglês, holandês, espanhol e alemão, segundo mostra a revista Valor 1000. Embora o Banco do Brasil e a Caixa EconÔmica Federal apresentem ativos significativamente mais altos que os bancos com origem no exterior, eles somam sete entre os 20 maiores bancos operando no Brasil. O holandês ABN Amro Real, por exemplo, figura em 6o lugar, enquanto os espanhóis Banespa e Santander estão, respectivamente, em 7o e 9o lugares. Estudo do Banco Central do Brasil mostra que a participação estrangeira no patrimônio líquido dos bancos cresceu de 14,29% em 1997 para 32,89% em dezembro de 2002. Nesse período, o sistema cooperativo de crédito elevou a sua participação no patrimônio líquido total de 1.55% para 2,17. Mas a participação total das cooperativas nas operações de crédito subiu de 0,74% em 1997 para 1,77% em 2002. Os banco públicos perderam quase 2/3 de sua participação no PL do sistema, caindo de 11,49% para 4,60%.

Concentração e falência - Segundo a revista Conjuntura Econômica de maio, em dezembro do ano passado os dez maiores bancos brasileiros (três dos quais estrangeiros) detinham 78,7% do total de ativos, mostrando uma grande concentração no setor. Mas esses mesmos bancos concentraram ainda mais os depósitos: 83,8%. “Entre as principais conseqüências, a concentração no sistema bancário brasileiro fez com que 66 instituições deixassem de existir – por falência, venda, fusão ou liquidação pela autoridade bancária -, reduzindo o total de 226 bancos para 160, de acordo com levantamento feito pela consultoria Austin Rating”, afirma a revista. A redução da inflação foi apontada como uma das causas da falência de instituições financeiras.

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