Banco popular emprestou R$ 20 milhões

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Criado pelo governo para estimular a expansão do crédito para a população de baixa renda, o Banco Popular do Brasil teve sua atuação criticada pela oposição durante audiência pública realizada nesta terça-feira na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado. Senadores reclamaram do volume de recursos destinado a aplicações em títulos públicos e a publicidade - em ambos os casos, o total de dinheiro superou o montante efetivamente liberado para as operações de crédito. Em dezembro de 2004, o Banco Popular possuía R$ 51,9 bilhões aplicados em papéis do governo, que, atualmente, rendem juros de 19,25% ao ano. Já os empréstimos concedidos pela instituição somavam R$ 20 milhões. Em publicidade, foram gastos, no ano passado, R$ 25 milhões. O presidente do Banco Popular, Ivan Guimarães, disse que é normal que os gastos com propaganda sejam mais elevados no início das operações da instituição. "É preciso que a população saiba que existe um Banco Popular do Brasil e que ele é ligado ao Banco do Brasil", disse.

Lugar ao crédito - O banco foi criado por medida provisória em setembro de 2003, mas só começou a operar plenamente em julho de 2004. Segundo Guimarães, com o passar do tempo, as despesas com publicidade e as aplicações em títulos públicos vão diminuir para, paulatinamente, dar lugar ao crédito. O presidente do Banco Popular, porém, foi o que menos fez uso da palavra, numa sessão marcada pelas discussões entre os próprios senadores. Originalmente, a audiência foi organizada para discutir a MP que regulamenta as operações de microcrédito no país, mas as contendas deixaram o assunto em segundo plano. A própria relatora da MP no Senado, Ideli Salvatti (PT-SC), admitiu que a sessão de ontem "pouco contribuiu" para o debate. A confusão começou no início da sessão, quando foi exibido, antes das declarações de Guimarães, um vídeo de dez minutos com depoimentos de pessoas atendidas pela instituição. Ao final do filme, foram mostrados os logotipos do Banco do Brasil, do Banco Popular e do governo federal.

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