Banco Central preocupado com microcrédito
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O Banco Central (BC) está preocupado com o aumento da oferta de crédito por meio das cooperativas. Por isso, vai criar uma estrutura de fiscalização dentro da instituição para acompanhar de perto a evolução desse tipo de empréstimo. Com o objetivo de aumentar o volume de crédito, o governo Lula adotou uma série de medidas para incentivar a criação de cooperativas e estimular a concessão do chamado microcrédito, que se destina a financiar com taxas de juros mais baixas os pequenos empreendedores. Segundo o BC, nos últimos cinco anos os empréstimos oferecidos por meio de cooperativas - que passaram de 1.200 para 1.346 - têm avançado de forma significativa. Em 2000, a carteira de empréstimos dessas entidades girava em torno de R$ 400 milhões por ano e hoje atingiu R$ 700 milhões.
Ativos somam R$ 21 bi - O total de ativos desse sistema subiu de R$ 5 bilhões para R$ 21 bilhões, enquanto os depósitos passaram de R$ 2,5 bilhões para R$ 9,5 bilhões no mesmo período. As cooperativas, segundo o BC, aumentaram sua participação no total de créditos do País de 0,7% para 1,4% de 2000 para 2005. Por causa desse aumento, o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou ontem a reestruturação da área de fiscalização do BC: além de separar a fiscalização bancária da estrutura que cuidará especificamente de cooperativas, sociedades de microcrédito e consórcios, serão fundidos os departamentos que fazem trabalho de inteligência e análise de dados. (A Notícia)