Avicultores cobram incentivos

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Representantes do setor avícola apresentaram ontem ao vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, e ao secretário da Indústria e Comércio, Luis Mussi, o Programa de Modernização da Avicultura do Paraná. O programa, discutido na sede da Federação da Agricultura (Faep), visa adequar as condições de pagamento do Programa de Desenvolvimento do Agronegócio (Prodeagro), operado pelo BNDES, às mesmas do Prodecoop, voltado às cooperativas. Com a medida, o setor espera tratamento igual a todos os produtores de frango do Paraná.

Proposta - Os avicultores propõem um financiamento de R$ 600 milhões. Cada produtor teria um crédito de R$ 200 mil. Os juros anuais ficariam em 8,75% ao ano com um plano de pagamento total de 12 anos, sendo três anos de carência. A linha de crédito atenderia cerca de três mil produtores, beneficiando cerca de 12 mil pessoas. Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiaviapar), Domingos Martins, os recursos vão gerar um efeito multiplicador no comércio, serviços e indústria. "Haveria a manutenção dos empregos diretos e a melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de diversos municípios no Norte Central, Norte Pioneiro e Noroeste do Estado", afirma. "O que queremos do governo é um aval para modernizarmos os aviários para competirmos em escala no mercado internacional", acrescenta.

Renda - Segundo os representantes da Unifrango Agroindustrial de Alimentos Ltda, entidade participante no encontro e que congrega 20 empresas avicultoras no Estado, a medida traria um aumento direto na renda média do produtor, que é de R$ 7 mil ao ano, para R$ 26 mil. Eles também querem que o BNDES altere as condições de financiamento do Prodeagro para a avicultura do Paraná ou crie um programa de desenvolvimento específico para o Estado.

Produção - O Paraná é o maior produtor e exportador de frango do Brasil, com 25% da produção brasileira. O segmento carne de frango do Paraná gera oito mil empregos diretos, 50 mil indiretos e demanda 43% da produção de milho e 6% da produção de soja para fabricação de rações. Os insumos agrícolas são produzidos por pequenos e médios produtores. A base de produção de frangos é dual. Por um lado, produtores integrados a grandes empresas do setor e cooperativas, localizadas nas regiões Oeste e Sudoeste, têm condições privilegiadas para crescer e se modernizar. O mecanismo é o Prodecoop - Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária, que financia o produtor com juros de 10,75% ao ano e prazo total de pagamento em 12 anos. De outro lado, produtores da região Norte - Mesorregiões do Norte Central, Noroeste e Norte Pioneiro - que representam 25% da produção do Paraná, integrados a 20 empresas independentes, têm na Unifrango a sua holding que atua oferecendo melhores condições de venda de insumos, comercialização e análises laboratoriais de insumos e produtos finais. (O Estado do Paraná)

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