Aumenta produção de carne de avestruz
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O Brasil deverá entrar nos próximos dois anos para o rol dos países produtores mundiais de avestruz. Este é o prazo estimado pelos quase 500 criadores existentes no País para atingir, até 2006, a meta estabelecida de 200 mil aves em seus planteis, nível considerado suficiente para garantir a existência de um rebanho de âmbito comercial. A expansão da oferta de carne de avestruz, de acordo com a informação de profissionais da área, terá como efeito imediato a queda de mais de 60% dos preços da carne cobrados no mercado. O país, que hoje abriga volume estimado em 130 mil aves, é considerado uma das grandes promessas neste setor de atividade. Isto ocorre porque o clima brasileiro se assemelha muito com o da sul-africano, local de origem do animal. "O Brasil já tem excelência na criação de frango e gado", afirmou o presidente da Associação dos Criadores de Avestruz do Rio de Janeiro (Acarj), Álvaro Mendes. "Em pouco tempo, também terá projeção internacional com sua carne de avestruz", declarou Álvaro Mendes.
Abate reduzido - Atualmente os criadores nacionais comercializam seus planteis com outros criadores. Limitam-se a vender seus animais para terceiros, informou Mendes. O abate ainda é feito em pequena escala. Essa é umas das razões para o preço da carne manter-se em níveis elevados. Em média, custa R$ 80 o quilo. Com o início da produção comercial, no entanto, o preço deverá cair para até R$ 25,00. "Acreditamos que o carne de avestruz custará, em média, o preço equivalente ao de um filé mignon. A redução de custo vai permitir, portanto, a popularização da carne", acredita o criador. Mendes é proprietário do Ponto do Avestruz, plantel localizado em Itaboraí, Rio de Janeiro.
Mercado competitivo - Além de atender ao mercado interno, a produção nacional poderá suprir a demanda de países da região do Mercosul, em especial Argentina e Uruguai. A tomada de outros países, contudo, será tarefa mais árdua, uma vez que grandes criadores como a África do Sul e Austrália já dominam o mercado europeu e americano.
No Paraná
- Em Londrina, Norte do Paraná, a Coontruz - Cooperativa Nipo-Brasileira
de Produção de Avestruz reúne pouco mais de 30 cooperados,
que há dois anos se dedicam à atividade e apostam no sucesso da
atividade. Com um plantel superior a 100 aves, a cooperativa pretende desenvolver
toda a cadeia produtiva, desde a incubadora até o abete. Para isso, os
cooperados contam com parcerias estratégica que permitem o abate experimental
e o melhoramento genético, como com a Emater-PR e Universidade Estadual
de Londrina (UEL). (Fonte: Gazeta Mercantil e Assessoria Ocepar)