Assembléia Legislativa ouvirá Ocepar e Faep nesta segunda-feira

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Nesta segunda-feira (30), a Assembléia Estadual do Paraná abrirá espaço em sua sessão plenária, as 14h30, para ouvir os presidentes da Faep, Ágide Meneguette e da Ocepar, João Paulo Koslovski, sobre a crise que o setor enfrenta no Paraná devido a estiagem que atingiu o estado no início deste ano e que trouxe prejuízos para os produtores rurais. Diversos municípios já decretaram ‘estado de emergência’ por causa da seca, cuja economia é predominantemente agrícola.

Iniciativa – A iniciativa de ouvir as entidades partiu do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Hermas Brandão (PSDB), com a finalidade de que os demais parlamentares possam se interar melhor, ouvindo as lideranças destas duas entidades e assim poderem auxiliar na busca de uma solução aos problemas criados pela seca e cujos prejuízos já começam a se refletir na economia dos municípios paranaenses.

Hermas - O presidente da Assembléia ressalta que desde que foram aparecendo os prejuízos com a seca, deputados de diversas regiões do Paraná fizeram pronunciamentos ressaltando os problemas, mais uma prova de que a Casa não estava omissa. E tem ainda muita cidade que embora não tenha decretado ‘emergência’, tiveram prejuízos de monta devido à estiagem.

Koslovski – João Paulo Koslovski, presidente da Ocepar entende que apesar das medidas tomadas pelo governo federal, outras complementares são necessárias. Como abertura de linha de crédito emergencial para cooperativas e produtores que sofreram perdas e que não foram beneficiados com verbas destinadas a renegociar as dívidas agrícolas. O líder cooperativista ressalta também esta oportunidade que a Ocepar e a Faep estão tendo em ocupar espaço na sessão plenária para apresentar a realidade que as cooperativas e produtores enfrentam hoje no campo. “Precisamos unir esforços e esta iniciativa dos deputados mostra a preocupação de todos com relação a agricultura. Acreditamos que este setor, que ao longo de diversos anos de boa colheita tem contribuído decisivamente para o equilíbrio da nossa balança comercial, agora chegou a hora do Brasil ajudar a agricultura”, destacou.

Ágide - O presidente da Faep, Ágide Meneguette, explica o drama: “o aumento de 20% no custo da produção agrícola, a quebra de safra em decorrência da estiagem, a redução no preço das ‘commodities’ agrícolas e a valorização do real frente ao dólar, acabou por criar um quadro de instabilidade e de endividamento muito grande entre os produtores”. Ele reconhece que o Banco do Brasil está conseguindo alongar os recursos para o produtor, mas financiamentos oficiais são poucos e muitos agricultores se endividaram com os bancos privados. Sem querer tirar a importância do problema no campo, o endividamento com bancos privados é drama também para o setor produtivo urbano.

Conteúdos Relacionados