Armazenagem: Déficit do Paraná é de 10 milhões de toneladas
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O Paraná precisa investir pelo menos R$ 2,5 bilhões nos próximos três a quatro anos para reduzir o déficit no setor de armazenagem, afirmou ontem o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski. A capacidade atual de estocagem do estado é de 19 milhões de toneladas, para uma produção, nesta safra, que deve ultrapassar 28 milhões de toneladas de grãos. Koslovski informou que as cooperativas estão investindo, neste ano, R$ 240 milhões para ampliar em 1 milhão de toneladas sua capacidade armazenadora. Elas respondem por cerca de 45% do total da capacidade armazenadora do Estado. "Precisamos que o governo aloque mais recursos para a construção de sistemas de armazenagem, pois a produção vem crescendo mais que os investimentos no setor. Portanto, o problema se agrava ano a ano", alertou o presidente da Ocepar.
Déficit
no Brasil - No Brasil, o déficit chega a 35 milhões de toneladas.
Para uma produção estimada em 127 milhões de toneladas,
a capacidade armazenadora é de 92 milhões de toneladas. O governo
federal tem consciência desse problema, que foi discutido em reunião
realizada no Paraná no mês passado, por técnicos da Conab
(de Brasília e de Curitiba) e da Ocepar. A melhoria dos preços
dos produtos nos mercados externos também ajudou a agravar um pouco o
problema: os agricultores, mais capitalizados, não estão sentindo-se
pressionados a vender rapidamente a produção, preferindo deixar
a produção armazenada, na espera de preços ainda melhores.
Hoje há cerca de 3 milhões de toneladas de grãos entre
milho, trigo e outros produtos nos armazéns do Paraná, que estão
ocupando espaço que seria utilizado pela soja.