Argentina quer endurecer relações comerciais com Brasil

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O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Rafael Bielsa, que está em Washington (EUA), reuniu seis embaixadores argentinos neste fim de semana para discutir um assunto específico na agenda do país: um endurecimento nas relações com o Brasil. A informação foi publicada hoje pelo site do maior jornal argentino Clarín."O que está em jogo é a aliança estratégica bilateral que, apesar das declarações de princípios, acaba por nunca se concretizar", diz o jornal. De acordo com a reportagem, o presidente argentino, Néstor Kirchner, está cansado das travas econômicas brasileiras, da falta de apoio do governo à Argentina no FMI (Fundo Monetário Internacional) e do papel central que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer exercer na região, segundo um funcionário do Ministério das Relações Exteriores não-identificado.

Relações tensas - O porta-voz do ministério, Oscar Feito, tentou, no entanto, minimizar o tom de crítica ao Brasil da reunião. Segundo ele, o encontro foi convocado para analisar a posição da Argentina no mundo, após a saída do ´default` (moratória). O Brasil ocupou apenas 20% das deliberações", disse Feito. A iniciativa do governo brasileiro de tentar mediar a crise no Equador teria sido uma das "gotas que fez transbordar o copo", diz o "Clarín". Para o governo Kirchner, esse era um trabalho que cabia à OEA (Organização dos Estados Americanos). A fonte diplomática ouvida pelo "Clarín" ainda disse que Kirchner nunca teve uma boa relação pessoal com Lula e que o presidente argentino pensa que o Brasil quer ocupar quantos cargos houver nas organizações internacionais, seja na ONU, seja na FAO (Organização de Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), seja até mesmo no Vaticano.

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