ALIMENTOS: Coamo diz que preço alto das commodities compensa dólar baixo
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O diretor-presidente da maior cooperativa agrícola da América do Sul, José Aroldo Galassini, da Coamo Agroindustrial, diz que, por enquanto, a cooperativa não vem observando desaceleração no segmento de produção de alimentos. Os preços internacionais das commodities agrícolas, tais como soja e milho, seguem elevados e compensam até a desvalorização do dólar.
Fundamentos fortes - “Temos um cenário de estoques baixos de grãos e seca nos Estados Unidos. Os fundamentos estão muito fortes”, diz Galassini. O único segmento que vem sendo afetado dentro da cooperativa, diz ele, é o de fiação de algodão. “As margens estão negativas entre 20% a 30%, porque as fiações compraram algodão caro e agora a demanda por fio está baixa e com grande concorrência de produtos chineses”, lamenta o executivo da Coamo.
Crise - Ele acredita que a crise pode afetar alguns setores no Brasil por um período longo, mas reitera que não vislumbra grandes efeitos nos setores produtores de grãos. Com 100% de seus recursos vindo do crédito rural, com juros subsidiados, a Coamo, diz o executivo, não sente neste momento dificuldades de acesso ao crédito. “Mas não vejo uma posição firme do governo que vá resultar em redução dos juros”, diz Galassini. (Valor Econômico)