AGROQUÍMICOS: Renovado convênio para recolhimento de embalagens vazias

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O governador Roberto Requião e o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, assinaram nesta terça-feira (05) durante a reunião semanal do secretariado a renovação por mais um ano do convênio com o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEv) e a Universidade Federal do Paraná para o desenvolvimento do programa Terra Limpa. O programa prevê a retirada e armazenamento irregular de agrotóxicos que estão proibidos pela legislação há mais de 20 anos, e ainda o recolhimento e destinação final às embalagens de agrotóxicos comercializadas no Estado.
Parceria - Através desta parceria, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos garante para o Paraná os índices de devolução de embalagens de agrotóxicos mais elevados do Brasil. Apenas no primeiro quadrimestre deste ano foram devolvidas 1,36 mil toneladas de embalagens - o que significa 22,4% do total devolvido em todo País. No início do governo Requião, o Paraná era o 12º Estado em recolhimento das embalagens. “O Paraná está recolhendo mais embalagens do que qualquer um dos outros 31 países que fazem o recolhimento atualmente”, informou Luiz Eduardo Cheida. A estimativa é de que o Paraná comercialize 14 milhões de embalagens por ano, destas 90% estão sendo devolvidas pelos agricultores. No Brasil o índice de devolução é de 65% das embalagens comercializadas.

Risco ambiental - Segundo o vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, o convênio também irá evitar uma grave situação de risco ambiental, com o armazenamento irregular de BHC e outros agrotóxicos organoclorados, já proibidos pela legislação. “Trata-se de um passivo ambiental seriíssimo e a resolução é da maior importância para evitar acidentes”. Para o secretário Cheida, apesar da excelente colocação nacional, o Paraná ainda apresenta algumas conseqüências negativas do consumo de agrotóxicos. “A Universidade Estadual de Londrina (UEL), por meio do seu Centro de Tecnologia Alimentar, recolheu amostras de leite materno de mães londrinenses e o resultado foi assustador. Na avaliação, 100% das amostras apresentaram traços do BHC, organoclorado proibido há mais de 20 anos no País”, exemplificou Cheida.

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