Agroleite: transgênicos foi o destaque do Dia do Agricultor
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A polêmica em torno dos transgênicos foi o tema central dos debates no “Dia do Agricultor”, segundo fórum de discussões da programação do Agroleite 2005, realizado ontem(10/08), na colônia Castrolanda, em Castro. Para o coordenador do evento, Gerson Medeiros, a discussão técnica em torno de temas que interessam diretamente aos produtores é um dos principais diferenciais do Agroleite. “Temos as exposições de animais e os negócios, mas também colocamos em discussão qual a realidade do setor e principalmente, as tendências e alternativas de futuro, para daqui a cinco ou 10 anos”, explica. O “Dia do Agricultor” durou toda a manhã de ontem. Começou com a primeira palestra do pesquisador Luiz Felipe Pereira, da área de biotecnologia da Embrapa.
O produtor é quem decide - Para ele, é preciso encarar a transgenia como um recurso a mais da tecnologia à disposição dos produtores. Por isso, defende que a soja e outras plantas transgênicas devem ser legalizadas, regulamentadas e fiscalizadas. “Mas é o produtor quem deve decidir se vale ou não a pena usar o transgênico e inclusive até tentar conquistar um mercado de soja tradicional que gere mais lucro do que a geneticamente modificada”, afirma. Para tanto, o pesquisador defende que o Governo e os produtores devem se unir e estabelecer estratégias. Hoje, segundo dados apresentados durante a palestra, o Rio Grande do Sul já planta 100% de soja transgênica e o Paraná, perto de 30% com perspectivas de crescimento para os próximos anos. Como um dos objetivos do debate era mostrar os custos e benefícios de plantar a soja transgênica, a segunda palestra expôs aspectos práticos e econômicos da soja RR com o convidado Mário Antônio Bianchi, pesquisador da Fundação Centro de Experimentação e Pesquisa de Cruz Alta (Fundacep).