AGROINDÚSTRIA: Micheletto defende mais recursos para o setor

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O deputado Moacir Micheletto integrou uma comitiva de parlamentares que nesta quarta-feira (10/03) foi recebida, em audiências separadas, pelo ministro interino da Fazenda, Nelson Machado, e pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes.  Preocupados com a falta de recursos, eles foram solicitar mais apoio para a comercialização agrícola das cooperativas e agroindústrias que estão reduzindo as atividades e correm o risco de conter as suas operações se não tiverem acesso a mais crédito. O problema já foi colocado várias vezes ao governo, e ontem à tarde o ministro interino da Fazenda, Nelson Machado, e o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, prometeram solução para os próximos dias.

CMN - A esperança do setor está na liberação de R$ 1 bilhão pelo BNDES para cooperativas agrícolas em linha já aprovada pelo Conselho Monetário Nacional e mais R$ 1 bilhão para as demais agroindústrias. O entrave do momento é que o BNDES está querendo exigir garantias reais, enquanto o setor alega que, agora, só pode dar como garantia real o estoque, e lembra que, nos últimos anos, foi essa a garantia dada.

Estoques - A falta de crédito não se limita ao setor de carnes, que inclui suínos, aves e bovinos, mas atinge também os grãos. As grandes empresas de grãos e também as cooperativas agrícolas estão estocando, mas não têm dinheiro neste período de colheita da safra. Por isso, os agricultores não estão conseguindo vender, os preços estão caindo e eles também não conseguem pagar suas dívidas nos bancos. No Paraná, a maior dificuldade ocorre com o feijão, milho, soja e o arroz. Os estoques formados pelo governo federal pouco estão ajudando neste período.

Preço baixo - A situação do mercado de feijão no Paraná é uma das mais críticas, segundo o deputado Micheletto, "pois os valores recebidos pelos produtores já estão abaixo do preço de garantia do governo federal". Ele informou que no início do mês foi promovida uma reunião no município de Castro, uma das principais regiões produtoras, com o intuito de se discutir e propor saídas para esse cenário. Para amenizar essa situação, a Conab autorizou a entrega do feijão em armazéns credenciados com até 14% de umidade. Além disso, discutiu-se a possibilidade de se implementar uma operação de desova dos estoques privados para o Norte/Nordeste por meio do instrumento Prêmio de Escoamento de Produto (PEP). (Assessoria Parlamentar)

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