Aftosa: vacinar bem e evitar desperdício

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Vacinar contra aftosa - antes de ser uma exigência legal - trata-se de ato consciente do criador para proteger seu rebanho bovino (ou bubalino), permitindo-lhe continuar na atividade e contribuindo para o vírus da doença continuar longe das 9,6 milhões de cabeças, conforme acontece há mais de oito anos. A imunização, porém, precisa ser bem feita visando maior eficácia e sem qualquer desperdício. Eis as principais recomendações dos veterinários Guilherme Gonçalves e Cláudio Klemz, do Departamento Técnico-Econômico da Federação da Agricultura do Paraná (Faep):

  • Na compra das vacinas, verifique se encontram-se conservadas em refrigeradores apropriados e na temperatura de 2 a 8

  • No rótulo da embalagem, confira data de fabricação e validade. Descarte a compra de lotes vencidos

  • Jamais congele vacinas

  • Deixe as doses no gelo até o momento da aplicação. Preferencialmente em bolsas térmicas

  • Opte por caixa de isopor com gelo para garantir os fracos de vacina refrigerados ao imunizar um grupo de animais

  • Uma vez aberta a embalagem, use o conteúdo no prazo máximo de 24 horas

  • Limpe e esterilize as agulhas e seringas antes e depois do uso. Proteja o material com gaze durante a fervura

  • Não use desinfetantes para esterilizar as agulhas. Os resíduos podem inativar a capacidade imunológica da vacina

  • A cada 10 aplicações, substitua a agulha da seringa

  • Opte por agulha 20 X 20

  • As agulhas precisam estar afiadas. Descarte aquelas com pontas tortas

  • O frasco necessita ser agitado antes do reabastecimento da seringa

  • Aplique a dose de forma intramuscular - na região do pescoço

  • Após abastecer seringa ou pistola, recoloque o frasco da vacina no gelo, tampando a caixa de isopor

  • Separe animais por faixa de idade e sexo

  • Siga rigorosamente as instruções da fabricante na aplicação. Portanto, não fracione e nem aumente a dose

  • Animais - macho e fêmea, bovino ou bubalino - devem ser vacinados a partir de um dia de idade

  • A maior eficiência na imunização é assegurada com animal contido - no brete ou no tronco

  • Terminada a vacinação, deixe os animais repousarem por uma ou duas horas. Nada de submetê-los a trabalhos ou a longas caminhadas imediatamente

  • Vacine de manhã ou no final do dia. Evite horários de temperatura mais elevada

  • Os abcessos (calombos) são resultados do mau uso da vacina, especialmente relacionados a fatores de contaminação do material empregado

  • Atualize sempre o registro do controle sanitário. Relacione animais que passaram por práticas sanitárias, data de ocorrência e número da partida, laboratório e a data de validade dos produtos.

  • Tem ainda alguma dúvida? Busque orientação com médico-veterinário de sua confiança ou em seu município. (Luiz Carlos Rizzo/FAEP)

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