AFTOSA III: Sociedade Rural de Londrina esclarece:
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A Sociedade Rural
do Paraná (SRP) vem a público esclarecer pontos importantes sobre
os últimos acontecimentos em relação à inexistência
de focos de febre aftosa no Estado do Paraná, e diante dos fatos anunciados
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a saber:
1º) O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa) informou que no dia 20 de outubro de 2005 foi notificado ao MAPA pela
Secretaria de Agricultura do Paraná a presença de bovinos com
sintomatologia clínica compatível com a febre aftosa. Segundo
ainda o Mapa, os animais que apresentaram a sintomatologia eram originários
ou tiveram contatos com outros de propriedades do Estado do Mato Grosso do Sul,
onde foram registrados anteriormente focos de aftosa;
SRP: Esclarecemos que os animais oriundos do Mato Grosso do Sul pertenciam a
uma única propriedade, ou seja, a Fazenda Bonanza, e que até o
momento, laudos emitidos pela IAGRO atestam que todos os animais dessa propriedade
não apresentam nenhuma sintomatologia que indique a presença do
vírus da febre aftosa;
2) O MAPA comunicou também que o diagnóstico clínico divulgado
na época era compatível com a presença do vírus
da doença;
SRP: A SRP e todos os compradores dos animais sob suspeita nos municípios
de Amaporã, Grandes Rios, Loanda e Maringá – que foram adquiridos
no Leilão 10 Marcas – atestam novamente, com a apresentação
de termos de fiscalização e de laudos emitidos por médicos
veterinários, que os animais até esta data não apresentam
sintomatologia de febre aftosa;
3) O MAPA informou que os exames realizados pelo Lanagro/PA não foram
suficientes para esclarecer o quadro clínico apresentado;
SRP: Esclarecemos que, adotando um protocolo internacional (Segundo o Manual
de Diagnóstico de Enfermidades Vesiculares da OIE) foi feita uma seqüência
criteriosa de exames, que inclui: dois exames sorológicos (Eliza 3ABC
e EITB); o exame de macerado de epitélio (a partir de uma amostra de
necropsia); e cultivo celular a partir de amostras colhidas por Probang. Foram
colhidas amostras de mais de 500 animais. O resultado final foi negativo.
4) O Mapa divulgou ainda que os técnicos da Secretaria de Defesa Agropecuária
do MAPA entendem que um diagnóstico conclusivo não se restringe
apenas a resultados de exames laboratoriais, sendo também necessário
que se considere as manifestações clínicas e a vinculação
epidemiológica, ou seja, a origem dos animais.
SRP: Isto não é condizente com a realidade dos fatos. Primeiramente,
pelo fato de que a conclusão de que não há o vírus
da febre aftosa nas propriedades investigadas é baseada em três
premissas fundamentais: a) Ausência de sinais clínicos de febre
aftosa na propriedade de origem dos animais; b)ausência de sinais clínicos
de febre aftosa nas propriedades de destino dos animais; c)a negatividade dos
exames laboratoriais emitidos pelo Laboratório de Referência indicado
pelo Mapa. Todo o processo acima citado foi acompanhado por equipes do Centro
Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa), que referendou tanto os procedimentos
no campo, quanto os exames laboratoriais.
SRP: Na condução de todo esse processo de investigação
sobre a suspeita de febre aftosa nos rebanhos em questão, houve também
um rigoroso critério técnico, que esgotou todas as possibilidades
de investigação.
Estamos responsabilizando o Mapa pela não imunização do
rebanho, principalmente dos animais jovens das propriedades que estão
impedidas de realizar a vacinação. Propomos a vacinação
o mais rápido possível desses animais, bem como um reforço
daqui a 90 dias, dos animais abaixo de 12 meses.
Londrina, 11 de novembro de 2.005.