Aftosa: Brasil tenta controlar a doença
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O Brasil sacrificará mais de 4.600 animais em fazendas de Mato Grosso do Sul onde foram constatados novos focos de febre aftosa na segunda-feira, como parte dos esforços para impedir a propagação da doença, ainda restrita a uma área no sul do Estado, afirmou um funcionário do Ministério da Agricultura. Os novos focos anunciados na segunda-feira estavam sendo analisados e "temos mais casos sob suspeita sendo investigados na mesma área", afirmou à Radiobrás o secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Gabriel Alves Maciel. Os resultados de exames em material colhido em outras duas propriedades sob suspeita devem ser divulgados nesta terça-feira, segundo o ministério informou em nota. Na mesma região em que foi o detectado o primeiro caso de febre aftosa na semana passada, que motivou a implementação de uma área de risco para isolar a doença, na fronteira com o Paraguai, já foram sacrificados quase 600 animais.
Prejuízos - Após o primeiro caso de aftosa, mais de 30 países restringiram as importações de carne do Brasil, dono do maior rebanho bovino comercial do mundo e o principal exportador em volume. Nesta terça-feira, o ministério informou que já foram inspecionadas, até agora, 532 propriedades no município de Eldorado, no Mato Grosso do Sul, onde exames laboratoriais confirmaram dois focos de febre aftosa até o momento. O primeiro no dia 8, na fazenda Vezozzo, e outro na segunda-feira, na fazenda Jangada. Outras 222 propriedades localizadas no município de Japorã, onde foram encontrados focos nos sítios Santo Antônio e São Benedito (ambos do mesmo proprietário) e na fazenda Guairá, também foram inspecionadas, segundo nota do ministério.
Rússia reduz restrições – O governo da Rússia prometeu que fará restrições apenas à importação de carne com origem no Mato Grosso do Sul, segundo divulgaram ontem (18/10) as agências que acompanharam a viagem do presidente Lula àquele país. Os governos de Brasil e Rússia fecharam, ontem à tarde, um acordo bilateral sobre comércio de carne e açúcar, o que garantirá o apoio formal do Brasil ao ingresso da Rússia na Organização Mundial do Comércio (OMC). O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, não quis informar detalhes do acordo, mas disse que, dentro de cinco anos, o Brasil terá mais facilidade no acesso ao mercado consumidor russo de carne. A conclusão do acordo bilateral está citada na declaração conjunta assinada pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Vladimir Putin.