Acordo abrirá novas frentes para a carne brasileira
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As exportações de carne bovina poderão crescer anualmente entre 15% e 20% nos próximos anos se o Brasil conseguir aprovar um acordo entre o Mercosul e a União Européia e abrir o mercado norte-americano à carne "in natura" brasileira, segundo previsão do presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira. Maior exportador mundial de carne bovina, o Brasil deverá bater a marca de US$ 3 bilhões em exportações em 2005 diante de US$ 2,4 bilhões apurados em 2004. Na avaliação de Jeremiah O´Callaghan, diretor da unidade de carnes da Coimex Trading, com a aprovação do acordo com a União Européia e os Estados Unidos e o ingresso em outros mercados, o Brasil poderá facilmente elevar a produção para algo próximo de 10 milhões de toneladas e destinar 30% para as exportações. Segundo maior produtor mundial, atrás apenas dos Estados Unidos (11,74 milhões de toneladas), o País exporta hoje cerca de 24% da sua produção, de 8,75 milhões de toneladas. Os EUA, que reduziram a produção a partir dos registros de vaca louca e aumentaram de maneira significativa suas importações são uma oportunidade importante de negócios para o Brasil. Segundo Nogueira, a exemplo do que ocorreu com o Uruguai, a idéia é estabelecer uma cota de exportações para o envio aos norte-americanos. O Uruguai conseguiu um limite de 20 mil toneladas. "O Brasil, pelo rebanho maior, quer negociar 60 mil'', afirma. (Gazeta Mercantil).