Acopar: Cooperativas superam expectativa no recebimento de algodão

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O recebimento de algodão pela Acopar - Associação dos Cotonicultores Paranaenses - está superando as expectativas. O volume recebido na safra atual atingiu 4,4 milhões de arrobas de algodão em caroço, contra uma previsão inicial de 3,3 milhões de arrobas. A produção recebida nas cooperativas que integram a Acopar (Cocamar, Coamo, Coagel, Copacol, Coagru, Coceal, Integrada, Corol e Cofercatu) já representam 74% da produção total do Estado, que na safra 2003/2004 deve atingir 5,9 milhões de arrobas, registrando um crescimento de 25% em relação ao ano anterior, quando foi de 4,3 milhões de arrobas. A área de cultivo no Paraná também aumentou, passando de 30 mil para 46 mil hectares, com um incremento de 53,6%. Esses números, que segundo Robson Mafioletti, da gerência técnica da Ocepar mostram a importância da presença das cooperativas na produção estadual de algodão, foram apresentados durante reunião da associação realizada na quarta-feira (02), em Maringá.

Eleição - Durante o encontro também foi eleita a nova diretoria da Acopar, onde Almir Montecelli, da Coceal, que também é diretor da Ocepar, foi reconduzido ao cargo e continuará presidente pelos próximos dois anos. A pauta da reunião ainda incluiu a prestação de contas da gestão que terminou e discussões mais técnicas como análise do volume de produção recebido, qualidade, rendimento e comercialização do algodão. De acordo com as cooperativas, toda a produção recebida nesta safra, 57% já foi comercializada. Agora, uma das metas da Acopar é ampliar o parque industrial de beneficiamento, principalmente no que diz respeito à separação da pluma do caroço. Em todo o Paraná existem atualmente 22 máquinas que fazem esse trabalho, sendo que 14 estão em poder das cooperativas.

Balanço Acopar – Entre as atividades desenvolvidas na gestão que terminou um dos destaques foi o acompanhamento e colaboração na ação do Brasil junto a OMC, contra os subsídios norte-americanos, onde os produtores brasileiros foram vitoriosos. Os associados também participaram do Congresso Brasileiro de Algodão, realizado em Goiânia, com uma delegação de mais de 30 pessoas; visita a beneficiadora de algodão no Paraguai, para conhecer novas tecnologias; dias de campo lavoura escola com participação de 90 técnicos; seminários de qualidade e produtividade juntamente com empresas fornecedoras de insumos e técnicos de cooperativas com mais de 90 técnicos; campanha contra contaminações do algodão por fibras estranhas; divulgação de informações sobre a conjuntura de mercado; adesão ao sistema da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) de identificação de fardo de algodão em pluma; curso de classificação de algodão em caroço, em parceria com o Sescoop-PR.

Comercialização
– A abertura da reunião foi feita por Luiz Lourenço, presidente da Cocamar, também diretor da Ocepar, que falou sobre a necessidade de se alterar ou então de adotar uma nova performance no processo de comercialização do algodão do Paraná. Entre as sugestões está a de praticar o preço do algodão em caroço baseado na expectativa de preço da pluma, projetado de acordo com a época de entrega; dar foco ao recebimento dos produtores associados às cooperativas; e a possibilidade de venda futura para os mercados interno e externo, principalmente a partir de maio, quando o preço tem tendência de queda por causa da entrada no mercado de algodão da região Centro-Oeste do Brasil. Dentro desse contexto, uma das propostas em estudo é a de viabilizar, a partir de maio, quando o preço tem pressão para baixar, um o pool de exportação, a exemplo do que ocorreu com outras commodities, como o trigo e o milho.

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