A riqueza continua concentrada no eixo Rio / São Paulo.

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De toda a riqueza gerada no Brasil (receita líquida), 65,2% está concentrada no eixo Rio – São Paulo, segundo a revista Valor 1000, que aponta as maiores empresas brasileiras. São Paulo continua em primeiro lugar, com 38,3%. O 3o estado mais rico do Brasil, Rio Grande do Sul, tem apenas 6,63 % do total, indicando a distância que separa essa região industrial dos estados que dão seus ricos e pobres. Analisando-se a lista das mil maiores empresas apontadas pela revista é fácil compreender a concentração da riqueza. Entre as 15 maiores empresas, por exemplo, apenas uma, a Bunge, tem sede fora desses dois estados. A lista da tabela seguinte mostra as maiores e a receita líquida no último ano:

Colocação

Maiores empresas

Sede

Receita líquida R$

1o

Petrobrás

RJ

76,87 bilhões

2o

Petrobrás distribuidora

RJ

24,54 bilhões

3o

Ipiranga

RJ

13,89 bilhões

4o

Telemar

RJ

12,80 bilhões

5o

Telefônica SP

SP

11,70 bilhões

6o

Shell

RJ

11,47 bilhões

7

Volkswagen

SP

11,32 bilhões

8o

General Motors

SP

10,90 bilhões

9o

Bunge Alimentos

SC

10,32 bilhões

10o

Cia Vale do Rio Doce

RJ

10,01 bilhões



A primeira empresa do Paraná nesta lista é a Coamo, que aparece em 54o lugar, com um faturamento de R$ 3,05 bilhões, seguida da Copel (69o lugar), com receita líquida de R$ 2,78 bilhões. A Renault é a 3a empresa paranaense citada, mas está em 100o lugar na lista, com receita líquida de R$ 1,712 bilhões. Estão nesta lista também as cooperativa paranaenses C.Vale, Cocamar, Integrada, Lar, Coopavel, Agrária, Corol, Copacol, Batavo, Castrolanda e Frimesa (entre as 500 maiores), e a Cocari, a Copagril e a Coasul, respectivamente, em 643o, 687o e 785o lugares.

Estados mais ricos – A tabela seguinte mostra os oito estados mais ricos, com a participação de cada um na receita líquida total do Brasil. Entre os três estados do Sul nota-se que o RS continua bem à frente do Paraná, considerando-se a população de cada estado (RS: 10.187.798; SC: 5.356.360; PR: 9.563.458, no ano 2000). No entanto, segundo estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de São Paulo, esse quadro tende a ser revertido aos poucos em função do maior crescimento das cidades que ficam fora das grandes regiões metropolitanas. O Ipea aponta um crescimento de 35,8% na ocupação fora das grandes regiões metropolitanas, contra 25,% nas regiões metropolitanas. “O motor desse fortalecimento do interior é claramente o agronegócio”, afirma a revista Valor 1000.

Colocação

Estado

Percentual sobre a receita líquida total

1o.

São Paulo

38,3%

2o

Rio de Janeiro

26,85%

3o

Rio Grande do Sul

6,85%

4o

Minas Gerais

6,63%

5o

Paraná

3,88%

6o

Santa Catarina

3,81%

7o

Distrito Federal

3,02

8o.

Bahia

2,53%

 

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