Seguro Rural: proteção estratégica para produtores
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Por Rodrigo Martimiano da Rocha, profissional com certificação CFP®
O agronegócio brasileiro é um dos mais relevantes do mundo, liderando a produção de diversas commodities, como proteína animal, grãos, cana-de-açúcar e café. No entanto, a atividade agrícola e pecuária está exposta a fenômenos climáticos, como seca, geada, granizo, excesso de chuvas e variações extremas de temperatura, que podem comprometer toda a produção.
Nesse contexto, o Seguro Rural surge como um importante instrumento de proteção para o produtor. Seu objetivo é resguardar os custos de produção em caso de ocorrência de eventos adversos. A produção de culturas agrícolas exige longos períodos de preparo e elevados investimentos por hectare e, considerando o tempo necessário até a comercialização dos produtos; com isso, diferentes riscos podem comprometer severamente a viabilidade financeira da atividade.
O mercado segurador brasileiro oferece cobertura para praticamente todas as culturas, como soja, milho, trigo, pecuária bovina, aquicultura e avicultura, entre outras. Entre as modalidades disponíveis destacam-se:
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Seguro agrícola: cobre perdas na produção agrícola desde a emergência das plantas até a colheita, incluindo riscos climáticos e eventos externos.
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Seguro pecuário: garante proteção contra danos diretos ou indiretos a animais destinados à produção, ao consumo e ao trabalho, abrangendo atividades de cria, recria e engorda.
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Seguro aquícola: oferece indenização por morte e outros riscos específicos para animais aquáticos, como peixes e crustáceos.
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Seguro de benfeitorias e produtos agropecuários: protege estruturas, equipamentos e produtos ligados à atividade rural, não vinculados a operações de crédito.
Importa salientar que, em sua maioria, os seguros rurais não cobrem o lucro esperado pelo produtor, mas apenas os custos de produção efetivamente incorridos. Ademais, a validade da cobertura está condicionada à correta condução das práticas de manejo agrícola, conforme estabelecido no zoneamento agrícola da região e no plano agronômico, incluindo:
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A correta época de plantio;
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A adequada aplicação de insumos, defensivos e vacinação;
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O cumprimento dos protocolos técnicos exigidos.
Descumprimentos técnicos ou a realização de práticas fora do período estipulado podem ensejar a negativa da indenização pela seguradora.
Alguns benefícios do Seguro Rural:
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Proteção contra perdas causadas por fenômenos climáticos adversos.
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Cobertura para diversas atividades rurais, incluindo plantações, criação de animais e produção florestal.
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Possibilidade de combinar diferentes tipos de seguros, diluindo riscos e ampliando a proteção.
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Indenização em caso de morte ou doença de animais aquáticos.
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Cobertura para benfeitorias e produtos agropecuários, protegendo o patrimônio do produtor rural.
O governo federal e os estaduais oferecem programas de incentivo ao seguro rural, como o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), criado em 2006. O PSR subsidia parte do valor do prêmio de seguros contratados. Em 2024, o programa contou com aproximadamente R$ 1 bilhão em recursos, oferecendo subsídios de até 40% do custo do seguro, limitados a R$ 60.000,00 por grupo econômico ao ano.
Entretanto, o volume de recursos é insuficiente para atender a toda a demanda e, geralmente, beneficia produtores que contratam rapidamente e em limites menores.
Dado o caráter técnico, complexo e estratégico do seguro rural, recomenda-se que o produtor rural busque orientação especializada para estruturar adequadamente sua proteção e mitigar seus riscos de forma eficiente, assegurando a continuidade e a sustentabilidade de sua atividade.
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O e-mail de atendimento da cooperativa é o