Rally: chuvas fracas impedem avanço da semeadura da soja na região de Maringá
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Depois de um volume razoável de precipitação que permitiu, em meados de setembro, o início da semeadura da soja na região de Maringá, não tem chovido com intensidade e os produtores tiveram que retornar com as plantadeiras para os galpões.
Em Floresta, vizinho a Maringá, onde é costume semear boa parte da safra em setembro para encaixar o milho de inverno dentro da janela ideal e escapar dos riscos trazidos pelo frio, o mês terminou com apenas 25% da área cultivada, “um pequeno atraso” na avaliação do engenheiro agrônomo César Augusto Castro, da unidade local da Cocamar.
No dia 1º de outubro, o Rally Cocamar esteve em Floresta e outros municípios da região de Maringá para ter uma ideia da situação e conversar com produtores e técnicos.
Demora em semear a soja atrapalha o milho de inverno
Na unidade, a equipe se encontrou com o cooperado Gilmar Cumani, que cultiva 125 alqueires em Itambé, cidade próxima. Na soma de suas três propriedades, ele conta que semeou apenas 31,5 alqueires e, considerando o próprio histórico, geralmente termina a operação em meados de outubro. “Neste ano, pelo jeito, pode ser que a gente não termine em outubro”, diz.
A demora em semear a soja, como já dito, pode atrapalhar o milho de inverno. “O limite, a meu ver, é o dia 22 ou 23 de fevereiro, depois disso fica ruim”, afirma Gilmar, lembrando que quando teve que semear em março, o resultado não foi bom.
Pai e filhos trabalhando juntos
Na Estrada Jaguaruna, acompanhado do gerente Claudinei Donizete Marcondes e do agrônomo César, o Rally visitou o cooperado Aracildo José de Miranda e os filhos Odair e Thiago. Na propriedade de 21 alqueires, designada Lote 81 e situada na transição entre Floresta e Marialva, o produtor contou com a parceria dos filhos para semear toda a área entre os dias 23 e 28 de setembro. A soja está começando a germinar e a torcida é que chova logo e com boa intensidade.
Cooperado desde 1984, Aracildo é a terceira geração da família desde que o avô José Procópio Miranda chegou em 1948 para desbravar a região e plantar café. O pai de Aracildo, Artur, lidou com a cultura e, mais tarde, a exemplo de muitos outros agricultores da região, partiu para as lavouras de grãos.
Agora, os dois filhos dele participam das atividades no sítio e da gestão dos negócios. “É um exemplo de sucessão bem conduzida”, destaca o gerente Claudinei.
São Jorge e Floraí
Em Floresta foi possível encontrar lavouras em outras propriedades já com a soja praticamente no início do ciclo de desenvolvimento, o que não se viu em São Jorge do Ivaí e Floraí, para onde o Rally foi a seguir.
Em São Jorge, segundo o gerente Bernélio José Orsini, da unidade local da Cocamar, apenas 10% das lavouras foram semeadas até o momento. “Os produtores estão no aguardo de chuvas mais volumosas”, diz, ao acrescentar que como a maioria deles possui máquinas grandes, a semeadura é agilizada assim que o solo apresentar condições favoráveis.
No município, os produtores não têm o hábito de acelerar a semeadura em setembro. Na propriedade de um deles, o agrônomo da Cocamar Volner Zambão Cândido ainda fazia a regulagem do equipamento de distribuição de calcário, prática que antecede a semeadura. A expectativa é que a maior parte das lavouras esteja semeada até o final de outubro, se o tempo permitir.
Quanto a Floraí, menos de 5% das áreas estão semeadas, informa o engenheiro agrônomo Anderson Fala, da unidade da Cocamar.
Em resumo: os produtores estão de olho no tempo, na expectativa de boas chuvas, para levarem de volta as plantadeiras para o campo.
Sobre o Rally
O Rally Cocamar de Produtividade, em sua 11ª edição consecutiva, conta com o patrocínio da Corteva, Sicredi, Fertilizantes Viridian e Nissan Bonsai Motors. (Assessoria de Imprensa Cocamar)