Especialista orienta funcionários do Sistema Ocepar sobre Saúde Mental

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A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio (Cipaa) do Sistema Ocepar promoveu, nessa quarta-feira (04/09), uma palestra sobre Saúde Mental. A iniciativa marcou a abertura do Setembro Amarelo, campanha de conscientização sobre a prevenção ao suicídio. A palestrante foi a psicóloga Tatiana Forte, especialista em psicologia hospitalar, mestre em educação e diretora de extensão e docente das Faculdades Pequeno Príncipe. 

Detalhando o tema, Tatiana falou sobre qualidade de vida, gerenciamento do estresse, ansiedade, depressão, resiliência e a necessidade de reconhecer os limites. “Se não reconheço meus limites, é bem provável que vou desenvolver algum transtorno mental, ansiedade, depressão ou síndrome do pânico”, pontuou.

Referindo-se à iniciativa do Sistema Ocepar em promover a palestra, a psicóloga destacou que “quando há uma empresa com esse olhar, que oferece possibilidades de tratar deste tema, facilita muito o trabalho. É importante lembrar que quanto melhor o colaborador estiver, melhores serão os resultados para a organização”. 

Como lidar com o estresse

De acordo com Tatiana, a saúde mental é a base de todo o nosso funcionamento diário. “A lógica de pensar na doença não traz a prevenção da saúde mental e temos que pensar nisso para não adoecer em nenhum aspecto da nossa vida - familiar, social e no trabalho”, frisou.  A palestrante falou também sobre a necessidade de lidar com o estresse e as adversidades do dia a dia. “Todas as pessoas têm um nível de estresse que é benéfico, faz com que a gente se movimente para realizar as nossas ações, para fugir de situações de risco e de perigo. Se não te isso, a gente não se movimenta”.

Porém, segundo ela, a saúde mental vai contemplar a forma como reagimos aos desafios e mudanças da vida no dia a dia. “A forma como reagimos pode ser positiva ou não. Pode estabelecer uma crise que tem fatores positivos ou negativos. Pode servir para uma revisão, podendo levar à superação da crise e a retomada do equilíbrio. Se não conseguimos fazer isso, a crise vai ter um caráter negativo”.

A palestrante falou também sobre a importância do sono, da alimentação saudável, da prática de atividades físicas e do lazer como forma de buscar o equilíbrio e preservar a saúde mental. Para isso, ela frisou a importância de se estabelecer uma rotina. “Na rotina tem que caber tudo: trabalho, vida pessoal, vida social. Com isso se consegue um equilíbrio”. Porém, ela chamou a atenção para a necessidade de flexibilidade na rotina, como forma de considerar os elementos que podem alterar essa rotina, como os imprevistos. Nestes casos, é preciso elencar prioridades. “A rotina deve trazer junto o conceito da flexibilidade, mas não pode ser uma rotina totalmente aberta”, destacou. Segundo ela, “uma má gestão da organização da rotina vai gerar ansiedade”.

10 anos

A psicóloga lembrou que a política de saúde mental no Brasil tem apenas 10 anos. Por conta disso, por muito tempo não teve a devida atenção e as questões de depressão foram sendo estereotipadas. Ela chamou a atenção para os indicadores de distúrbio mental para os quais as pessoas devem estar atentas: sentimento de desesperança, queda da libido, perda ou ganho de peso sem estar seguindo dieta, acordar cedo demais, cansaço permanente, se sentir fraco e sem energia, sentimentos de inutilidade, sentir-se culpado, sentir-se como um peso para outras pessoas, ansiedade, dificuldade de concentração, de tomar decisões, lapsos de memória. “Se apresento esses sentimentos não estou tendo saúde mental e qualidade de vida”, pontuou.

Tatiana esclareceu que ansiedade é uma reação normal, mas se o nível é desproporcional vai causar sofrimento e vai interferir na vida. Há crises de ansiedade que são imobilizadoras, que as pessoas não conseguem fazer nada, não conseguem sair de casa. Mas, tudo isso tem controle e tem cura. É preciso realizar um diagnóstico e os profissionais habilitados para isso são psiquiatra ou psicólogo.

Setembro Amarelo

O evento foi aberto pelo superintendente da Ocepar, Nelson Costa, pelo gerente de Integridade, José Ronkoski e pelo presidente da Cipaa, Dálcio Roberto dos Reis Junior. A palestra foi acompanhada por 78 colaboradores.  Nelson Costa deu as boas-vindas aos participantes e falou sobre a necessidade de abordar o Setembro Amarelo sob o ponto de vista da preservação da Saúde Mental.

O presidente da Cipaa ressaltou a importância da promoção da saúde mental, não apenas para o bom desempenho das atividades profissionais, mas também como forma de garantir qualidade de vida fora da empresa. O gerente de Integridade falou sobre a inclusão de mais um ‘a’ na sigla Cipaa, referindo-se à prevenção do assédio.   Sobre a iniciativa da palestra, Ronkoski destacou como “uma forma de buscar subsídios para que nós funcionários tenhamos um ambiente bacana. Como podemos levar melhor o nosso trabalho e de uma forma mais leve. Isso faz parte de um processo que estamos evoluindo como empresa”.

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