Agroleite supera expectativas com mais R$ 7 milhões em novos negócios

Com mais de R$ 7 milhões em novos negócios realizados, público de 39 mil pessoas, 150 empresas expositoras e 90 criadores, a quarta edição do Agroleite, realizado pela Cooperativa Agropecuária Castrolanda, colocou mais uma vez a cidade de Castro, a 150 km de Curitiba, em destaque no cenário nacional da indústria produtora do leite. O Parque Dario Macedo recebeu produtores, pesquisadores e empresas representantes de toda cadeia do leite, da preparação do solo para plantio até a industrialização. Um dos destaques foi o primeiro Fórum para o Planejamento Estratégico da Cadeia Produtiva do Leite no Estado do Paraná. Realização conjunta da cooperativa com a Faep – Federação da Agricultura do estados do Paraná, o Sindileite – Sindicato da Indústria de Latícinios e Produtos Derivados do Paraná, e Ocepar – Organização das Cooperativas do Paraná, o fórum debateu a necessidade de identificar e eliminar os gargalos que dificultam o negócio para garantir lucratividade para todos os envolvidos no processo. “Este encontro é uma forma de congregar todos os envolvidos na busca pelo fortalecimento de cada elo da cadeia produtiva”, afirma o presidente da Castrolanda, Frans Borg.

Futuro do leite - O seminário serviu para o aprofundamento da discussão já existente em todo o país, reunindo lideranças do setor e representantes dos produtores para debater o futuro da produção do leite. Maior encontro já realizado no estado para a discussão do tema, traçou algumas metas a serem atingidas nos próximos anos. Uma das principais diz respeito à tributação, que além de muito elevada, apresenta diferenças significativas de estado para estado, permitindo competição desigual entre os produtores. Outro ponto destacado foi a necessidade de agregar valor à produção, retirando do leite a característica de comodittie¸ com a oferta de produtos mais elaborados e com condições de inserção no mercado externo. Passo que exige incentivos à importação por parte dos órgãos públicos e alianças estratégicas entre os integrantes da cadeia, que isoladamente não têm como competir no mercado internacional.

Profissionalização - Expansão de mercados que para ser atingida depende da profissionalização do setor produtivo, investimento em pesquisas e metodologia. Aspectos que foram trabalhados na Unidade Demonstrativa do Sistema de Produção de Leite, que permitiu aos produtores rurais comparar características e melhores épocas de plantio de pastagens perenes como alfafa, aveias branca e preta e azevém, bem como as técnicas mais eficientes de ordenha, armazenagem, controle de qualidade e industrialização do leite, numa área de 34 alqueires especialmente preparada para as demonstrações desde janeiro deste ano. “As dinâmicas de campo muito bem elaboradas e as discussões estratégicas, sem dúvida alguma consolidam o Agroleite como o principal evento exclusivamente focado na cadeia produtiva no país”, afirma Gerson Medeiros, coordenador do evento.

Cooperativa eletrônica - O trabalho de campo foi baseado no programa de Gestão Técnica e Econômica da Castrolanda, que oferece aos 210 produtores de leite cooperados todo o apoio técnico para profissionalizar a administração de sua propriedades. Por meio de um banco de dados atualizado semanalmente, e orientação profissional dos técnicos da cooperativa, os produtores podem definir o ponto de equílibrio entre o número de animais, área agricultável e consumo de insumos, adaptando as propriedades para o máximo de produtividade. O sistema de gestão faz parte do projeto Cooperativa Eletrônica, que atualmente conta com mais de 60 bancos de dados diferentes, permitindo o controle operacional à distância da produtividade e comercialização de produtos, inclusive com informações de preços e cotações via telefone celular. Investimentos em tecnologia e profissionalização revertidos em produtividade e qualidade. A cooperativa produziu no ano passado 98 milhões de litros de leite, 258 mil toneladas de grãos e 284 mil toneladas de rações. (Assessoria Castrolanda)