COOPERATIVISMO I: Empregos nas cooperativas aumentam 128% em 11 anos

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Apesar de o número de cooperativas no Paraná ter aumentado apenas 23% de 2000 a 2011, as vagas de trabalho geradas por este setor cresceram 128% no período. As 194 cooperativas existentes em 2000 empregavam 28.460 paranaenses e, no ano passado, as 240 respondiam por 65 mil postos de trabalho. Os números são da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). 


Vantagens - Mas qual a vantagem de se trabalhar no sistema cooperativista? A FOLHA apurou que o principal benefício, segundo os funcionários, é que o sistema investe em capacitação profissional, tanto em cursos técnicos, como de graduação e até pós-graduação. 


Desenvolvimento profissional - Segundo a Ocepar, o setor faturou R$ 26,4 bilhões em 2010 e pagou R$ 1,096 bilhão em salários e R$ 406 milhões em encargos. Os investimentos em desenvolvimento profissional foram de R$ 8,36 milhões. 


Benefícios - Os benefícios também são apontados como diferencial no mercado de trabalho das cooperativas. Em 2010, elas investiram R$ 29,6 milhões em planos de saúde para seus colaboradores, R$ 99 milhões em alimentação e R$ 11 milhões em seguros de vida. 


Coamo - Ailton de Almeida Queiroz tem 52 anos e desde 1979 trabalha na Coamo Agroindustrial, em Campo Mourão (Centro-Oeste). Começou como auxiliar administrativo e, depois de se formar em ciências contábeis, passou a contador. Mais tarde, foi convidado a participar de um processo seletivo interno para a área de TI, onde exerceu várias funções. ""Assumi a chefia do Departamento de Desenvolvimento de Sistemas e hoje exerço a gerência de Organização e Sistemas"", conta. 


Conhecimento - Todos os conhecimentos de tecnologia da informação ele adquiriu na Coamo, em ""centenas"" de cursos custeados pela empresa. ""O ponto forte de se trabalhar numa cooperativa é a valorização do profissional"", avalia. O último curso feito por ele na empresa foi um MBA em Gestão Estratégica em Agronegócio. 


Concorrência - Segundo o gerente de Recursos Humanos da cooperativa, Jorge Carrozza, a concorrência para trabalhar na Coamo é grande. ""Já tivemos caso de 12 pessoas disputarem a mesma vaga"", garante. A seleção consiste em análise de currículo e entrevistas. 


Empregos - A cooperativa emprega 5.500 pessoas, sendo que 20% da mão de obra é especializada, exigindo formação superior. Segundo o gerente, a rotatividade nas funções mais simples é ""normal"" como em toda empresa, ""entre 10% e 12%"" ao ano. Mas tende a ser menor nos cargos mais altos. ""Temos 35% dos nossos funcionários com mais de 10 anos na empresa"", conta. 


Salários - Os salários, segundo ele, variam muito, mas estão na média do mercado. O mínimo na Coamo é de R$ 800 e os profissionais de nível superior ganham acima de R$ 2 mil. ""Nós enfatizamos o aproveitamento do pessoal da casa para os cargos de chefia. No ano passado, 15% do quadro foi promovido"", alega. 


Sescoop - Em 2011, os funcionários da cooperativa contaram com 250 mil horas de treinamento realizadas com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). A Coamo também oferece cursos de MBA em Gestão de Empresa. Já são 42 funcionários formados e 40 estão em formação. ""Em abril deste ano, vamos abrir uma turma com mais 50"", ressalta. A empresa também oferece planos de saúde e odontológico, além de seguro de vida.

Conteúdos Relacionados