CAPACITAÇÃO: O corte certeiro da cana

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Melhorar a capacitação dos cortadores de cana privilegiando também a valorização da auto-estima e a promoção social desses trabalhadores. São esses os objetivos da série de cursos que estão sendo promovidos pelo Sindicato Rural de Porecatu, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). A atividade na região, devido a tradição no cultivo da cana e ao estímulo à expansão que envolve o setor, destaca-se pela oferta de postos de trabalho. Os treinamentos para os cortadores de cana, segundo a presidente do sindicato, Ana Thereza Carvalho, ocorrem desde 1997, mas restringiam-se a um curso básico com aulas de campo que privilegiavam as técnicas de corte. No final do ano passado o Senar, acrescenta o supervisor regional do órgão, Arthur Piazza Bergamini, promoveu uma reformulação no treinamento incluindo no conteúdo orientações sobre como melhorar os ganhos, dicas de saúde e ainda visita às usinas e destilarias. ''O cortador está tendo a oportunidade de conhecer todo o processo produtivo, bem como a importância de seu trabalho na qualidade do produto final'', justifica Ana Thereza.

Oportunidades - ''Temos casos de pessoas que trabalham no corte da cana desde o início da atividade aqui na região e nunca tiveram a oportunidade de entrar em uma usina. Estamos colhendo este ano a 22 safra'', destaca a presidente do sindicato. Até agora, cerca de 800 pessoas já passaram pelo treinamento, que tem oito horas de duração. Por enquanto, o curso avançado está sendo aplicado junto aos funcionários da cooperativa Cofercatu.

Avanços - É interesse do sindicato patronal, segundo Ana Thereza, trazer por meio do Senar, outras modalidades de formação. Ela cita o avanço da colheita mecânica da cana que ocorre no vizinho estado de São Paulo. Na região, como calcula, até o final deste ano, pelo menos uma usina deverá iniciar este tipo de colheita. Sem alarmar para as possíveis substituições dos trabalhadores, a presidente destaca que esse serviço abrirá espaços para outras vagas de trabalho, como tratoristas, operadores de esteira, de caminhões. ''Já existem demandas para esses profissionais'', garante. Ela completa dizendo que ''as máquinas não podem substituir por completo a mão-de-obra dos canaviais''. (Folha de Londrina)

 

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