TRANSGÊNICOS: Produtores protestam e governador contesta

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Durante visita ao município de Santo Antônio do Sudoeste, na última sexta-feira (11/11), o governador Roberto Requião enfrentou um protesto de produtores rurais que, com diversas faixas e tratores, defendiam a liberdade de plantar transgênico e também exportar pelo Porto de Paranaguá. Segundo o presidente do Sindicato Rural de Pranchita, Renato Mari, os agricultores de Pranchita e de Santo Antônio levaram trezentas máquinas até a margem da PRT 163, ao lado do CTG Querência da Fronteira, onde Requião iria discursar, na hora do almoço. Ao chegar ao local, e depois de ler as faixas que pediam a liberação dos transgênicos, o governador atacou os agricultores, a multinacional Monsanto, as cooperativas e a Federação da Agricultura do Estado do Paraná.

Soja convencional - Ao defender a soja convencional, dizendo que tem mercado no mundo inteiro, Requião foi vaiado pelos produtores rurais. E respondeu: "eu disse que burrice não doía, se doesse, burro vivia urrando. Mas parece que a burrice dói por que vocês estão urrando como burros". No discurso, entrecortado por vaias, Requião afirmou que os agricultores do Rio Grande do Sul estão "desesperados por que a Monsanto está lá cobrando licença para eles. Licença na semente e na venda. E eles não tem como pagar. Por que a semente é muito fraca na seca e o Rio Grande não colheu nada, só 675kg por hectare".

Paranaguá - Segundo o governador, "no porto de Paranaguá a soja convencional vale 15% mais que a transgênica. Eu não proibi o plantio da soja transgênica no PR, eu só disse que gente inteligente não comete esta bobagem, só disse que quem comprasse não teria para quem vender", afirmou o governador. O ataque se estendeu às cooperativas: "Vamos plantar para quê? para atender o interesse de algumas cooperativas, que querem a escravização da semente, querem escravizar os agricultores?", disse. (Com informações da Faep)

Conteúdos Relacionados