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Ministério da Agricultura reforça compromisso com cooperativismo

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Com o objetivo de fortalecer a conexão entre cooperativas e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o secretário de Comércio e Relações Internacionais da pasta, Luiz Rua, participou de reunião com gestores e técnicos de cooperativas do Paraná. O encontro, promovido pelo Sistema Ocepar, ocorreu na manhã dessa terça-feira (03/12). Da sede do Ministério, em Brasília, participaram o secretário e integrantes da equipe de Comércio e Relações Internacionais, além da comitiva do Sistema Ocepar, composta pelo presidente José Roberto Ricken e dois colaboradores. Os demais participaram de forma online, através da plataforma Microsoft Teams.

No início da reunião, o secretário reforçou sua admiração pelo cooperativismo. “Sou defensor do sistema cooperativista e acredito no modelo. Sou filho de cooperativistas. Meu pai foi diretor de cooperativa médica. Contem com meu esforço para avançar nas questões do cooperativismo”, afirmou Rua.

O presidente do Sistema Ocepar analisou a importância da conexão com o Ministério da Agricultura e Pecuária. “A gente quer conhecer com detalhes as iniciativas do Ministério. Para mim, é uma alegria poder voltar aqui, ver a evolução e ver que há muita gente preparada para dar continuidade ao trabalho. Eu sempre falo que não basta a gente produzir. Nós temos que identificar a demanda e produzir o que a demanda pede. As cooperativas do Paraná já exportam para mais de 150 países. Temos que aproveitar as oportunidades e temos expectativa muito grande. O Paraná é reconhecido como área livre de febre aftosa sem vacinação e temos que avançar na questão de suínos e exportação para outros países.” 

Abertura de mercados

O secretário do Ministério da Agricultura e Pecuária informou que as negociações para abertura de novos mercados ocorrem de forma constante e técnica. Ele reforçou que o Peru passa a ter abertura para carne suína do Paraná e de outros estados. Disse, também, que está sendo feito um trabalho intenso para tilapicultura, especialmente no que diz respeito à necessidade de certificação para o mercado norte americano.

Com relação ao mercado chinês, o secretário informou que, por enquanto, a comercialização segue com produtos de origem vegetal. Apesar disso, as negociações devem ser fortalecidas no próximo ano. “Tentamos até os últimos minutos. Não há razão técnica para eles não terem aceitado a questão do reconhecimento (de área livre de febre aftosa) no Paraná e Rio Grande do Sul. Mas eles preferiram dar foco no vegetal. O Brasil vai comandar o Brics em 2025, o Ministro da Agricultura da China deve vir ao Brasil. Além disso, teremos a COP30, em novembro. Essas são oportunidades de voltarmos a discutir a questão.”

O secretário chamou a atenção para oportunidades do mercado de sorgo. Segundo ele, o Brasil opera com 0,3% neste mercado. A China é um grande mercado consumidor. “47% do que a China compra vêm dos EUA. A partir do ano que vem, pode haver conflito tarifário entre os dois países. Quem tiver sorgo vai ter essa oportunidade”, pontou Rua.

Com relação a outros países, o secretário informou que não houve, até aqui, avanços com Chile, Canadá, Austrália e México. Sobre o Japão, Rua informou que houve separação dos processos de carne bovina e suína e, com isso, o mercado para carne de porco pode avançar mais rápido. “Acho que agora temos mais condições de negociar. Estamos bem-posicionados no Japão, mas é difícil dizer se (o acordo) sai no começo, no meio do ano.” 

Adidos agrícolas

Ao longo do evento, um dos destaques foi para a importância do profissional que atua como adido agrícola, que trabalha na abertura, manutenção e ampliação de mercados para o agronegócio brasileiro. O secretário salientou que as cooperativas brasileiras podem contar sempre com a atuação desses profissionais. “Utilizem esses ativos do estado brasileiro, que são os adidos agrícolas. Eu já era fã deles antes de ser secretário. São guerreiros nossos no exterior. 70% das nossas 282 aberturas de mercado desde o início do mandato têm participação do adido agrícola. É uma turma muito boa, muito competente. Utilizem esse recurso, pois faz toda a diferença”, observou.

O secretário finalizou a reunião reforçando a abertura do Ministério ao cooperativismo. “Gostaria que vocês me dissessem o que precisam. É uma escuta ativa. Quem sabe a dor e o drama dos negócios são vocês. Nos tragam (as demandas) e a gente vai organizar junto com o que os adidos estão propondo”, finalizou Luiz Rua. 

Participações

Além do secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, Luiz Rua, e do presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, a reunião contou com a participação do diretor de Promoção Comercial e Investimentos do Mapa, Marcel Pinto, e do coordenador-geral de Temas Sanitários e Fitossanitários do Mapa, Danilo Kamimura. O Sistema OCB foi representado pelo analista técnico institucional, Fernando Pinheiro, e pela coordenadora de Negócios, Pamella Lima. Pelo Sistema Ocepar, estiveram presencialmente no encontro o analista de Desenvolvimento Técnico da Ocepar, Alexandre Amorin Monteiro, e o coordenador de Comunicação e Marketing, Samuel Milléo Filho.

 

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