Regiões Centro-Oeste e Nordeste sofrem mais com êxodo rural

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O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) lançou estudo revelando que o êxodo rural, apesar de ter diminuído na década de 90, ainda é alto, principalmente entre as mulheres jovens. De acordo com o levantamento, de todos os migrantes rurais do país, 54,6% saíram do Nordeste entre 1990 e 1995, o que resulta em uma perda de 1,2 milhão de pessoas durante esses cinco anos. Isso representaria mais de 30% da população que vivia na zona rural dessa região no início da década. O estudo revela que as migrações estão relacionadas diretamente à oferta de trabalho no meio urbano e o predomínio de moças vincula-se à expansão do setor de serviços, tanto em empresas como em residência.

Justificativa - Para o secretário de Reordenamento Agrário do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Eugênio Peixoto, outro fator que contribui para que as mulheres sejam maioria na troca do campo pela cidade é o maior nível de escolaridade. Os números do Ipea mostram que 55% dos rapazes no meio rural matem menos de quatro anos de estudo, enquanto 42% das jovens têm menos de quatro anos de estudo. O problema de sucessão na propriedade das terras de agricultura familiar também foi detectado pelo estudo do Ipea. Atualmente, quando os pais morrem, os filhos já não vivem mais na região. Desta forma, a propriedade que poderia estar ajudando na dinamização da agricultura familiar, está se transformando em sítios, ou sendo adquirida pelo grande agronegócio, afirmou Peixoto. (Agência Brasil)

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