PLANO SAFRA II: Getec lista pontos favoráveis e de preocupação para as cooperativas

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Se, de um lado, houve avanços no Plano Safra 2021/22, a começar pelo aumento de recursos em R$ 14,9 bilhões em relação ao plano anterior, entre outros tópicos, há também pontos que merecem atenção, como o aumento das taxas de juros que, no geral, sofreram alta média de 1 ponto percentual em relação ao plano anterior. Destacam-se neste quesito os programas Moderinfra/Proirriga e Moderagro, com aumento de 1,5 ponto percentual. Demais produtores também tiveram aumento de 1,5 p.p. no custeio. E tem ainda a questão do volume de recursos para investimentos com taxas de juros livres, que subiram de R$ 5,13 bilhões para R$ 16,66 bilhões, uma variação de 224,8%, segundo análise da Gerência de Desenvolvimento Técnico (Getec) da Ocepar.

Outros pontos - A Getec aponta ainda que o montante de recursos do Prodecoop foi mantido em R$ 1,65 bilhão, ao passo que as cooperativas pediram R$ 3,5 bilhões valor necessário para atender a demanda do setor, além do que havia necessidade de aumento nos limites de crédito por cooperativa. Isso também não foi contemplado no atual plano safra, que entra em vigor em 1º de julho. Ainda aponta como mais um ponto de atenção a redução de 40,9% no montante de recursos destinados à comercialização, que caíram de R$ 2,37 bilhões para R$ 1,4 bilhão.

Avaliação - O gerente de Desenvolvimento Técnico da Ocepar, Flávio Turra, lembrou ainda que há outros itens do Plano Safra 2021/22 que chamam a atenção do setor, como a questão do seguro rural, que, no plano que está se encerrando, estava previsto em R$ 1,3 bilhão, mas, com a aprovação do Orçamento da União, caiu para R$ 976 milhões. O valor anunciado para o novo período é de R$ 1 bilhão. “Preocupa também a parte dos limites de financiamento, que não foram alterados: ficou R$ 1,5 milhão para médio produtor e R$ 3 milhões para demais produtores.” Para o milho, como havia saído antes por meio de uma resolução com o intuito de incentivar o plantio do cereal, houve aumento para o médio produtor de R$ 1,5 milhão para R$ 1.750 milhão e, para os demais, de R$ 3 milhões para R$ 4 milhões.

Suporte - Quanto aos investimentos, Turra lembrou que, com aumento de mais de 28%, o montante para essa finalidade passou de R$ 57 bilhões para R$ 73 bilhões, valor que, em sua avaliação, é sustentado pelo aumento dos recursos para a equalização das taxas de juros, uma vez que, no plano anterior, era de R$ 11,5 bilhões e agora são R$ 13 bilhões, com aumento de mais de 13%. Por outro lado, ele destacou a alta das taxas de juros para investimentos, como para o custeio da agricultura familiar, que aumentou 0,25% ponto percentual a até a 1,5% para alguns programas importantes, como o Moderagro, que passou de 6% para 7,5%.

Leia aqui a análise completa do Plano Safra 2021/22

FOTO: Carlos Silva / Mapa

 

Conteúdos Relacionados