Pedágio: Agronegócio é o setor mais penalizado pelas novas tarifas

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Estudo conjunto da Federação da Agricultura do Paraná (Faep) e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) concluí serem muito elevados os valores cobrados nas praças de pedágio do Estado, provocando a inviabilidade da exportação de milho e correção dos solos com calcário. Em relação ao cereal, o custo do pedágio entre Foz do Iguaçu e Porto de Paranaguá equivale a 5,6% do custo de produção. Quanto ao calcário, representa 38,9% do valor do produto ao ser transportado de Almirante Tamandaré a Cascavel. Ágide Meneguette, presidente da Faep, assinala ser o setor agropecuário o mais prejudicado porque o valor específico dos produtos é baixo quando comparado com o setor industrial (tabela abaixo). Em conseqüência, o desembolso provocado pedágio representa insustentável percentual sobre o valor do produto. Para João Paulo Koslovski, presidente da Ocepar, como as exportações paranaenses se concentram no agronegócio (produtos volumosos e normalmente de baixo valor), isto provoca forte impacto negativo na economia paranaense, penalizando com mais ênfase o interior do Estado. “Os produtos do agronegócio são destas regiões e transportados em grandes distâncias”, observa.

Agravante - Outra agravante está no transporte regional de curta distância de insumos, animais vivos e leite para regiões onde existe uma praça de pedágio. Em conseqüência, os custos de produção das empresas situadas nessas regiões sofrem alta substancial, tirando sua competitividade em relação àquelas situadas fora da área de influência da respectiva praça. O estudo conclui: a competitividade do agronegócio paranaense está seriamente ameaçada em razão dos custos do pedágio no transporte da safra. Há necessidade de redução destes valores que incidem sobre o custo de transporte dos produtos agropecuários. Ano passado, o total de exportações paranaenses foi de US$ 7,1 bilhões. Deste valor, US$ 4,7 bilhões foram do agronegócio, o equivalente a 65,7% do total exportado. Considerando somente o complexo soja e milho, este foi responsável por US$ 2,7 bilhões, representando 38,7% das exportações totais do Estado. (Assessoria de Imprensa da Faep)

Conteúdos Relacionados