Ocepar reúne especialistas em agronegócio

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Com objetivo de traçar um panorama do agronegócio, tendências das exportações brasileiras, dimensionar os impactos da questão sanitária na balança comercial, flutuação do câmbio, fatores de produção e mercado agrícola para a próxima safra, o Sistema Ocepar/Sescoop-PR reuniu nesta quinta-feira (24/11), em Curitiba cerca de 50 profissionais que atuam nas áreas financeira e comercial das cooperativas paranaenses e que participaram do Fórum de Comércio Internacional e Financeiro. Ao abrir o evento, o superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken fez uma rápida explanação sobre os principais temas que preocupam o setor produtivo na atualidade. Segundo ele, as cooperativas, durante as reuniões de núcleos, demonstraram toda uma preocupação sobre a conjuntura para o agronegócio no próximo ano em decorrências das perdas ocorridas na última safra de verão, preços baixos dos commodities e da questão sanitária, especialmente a suspeita de febre aftosa e a recente greve dos fiscais do Ministério da Agricultura (Mapa).

Ações da Ocepar - Ricken também fez um relato de todas as ações que estão sendo desenvolvidas pela Ocepar no sentido de, se não reverter, pelo menos amenizar as dificuldades dos produtores cooperados. “Hoje (24/11) recebemos a boa notícia de que o governo federal estava anunciando a disponibilização de R$ 2 bilhões para contratação de crédito rural. Este era um dos pleitos apresentados pelo presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski em recente encontro com o ministro Roberto Rodrigues”. Ele disse que, em parceria com a OCB, muitas outras ações estão sendo articuladas na busca de soluções para os inúmeros problemas que afligem o setor cooperativista paranaense.

Economia – Em seguida o consultor de empresas e especialista em agronegócio, Telmo Bradasch falou aos presentes sobre “perspectivas para a macroeconomia brasileiras para 2006”. Ele apresentou três cenários: passado, presente e futuro da economia no País. Segundo Telmo, o Brasil, ao seu ver, tem conquistado um resultado “modesto”, em termos de avanços econômicos. “Diria que não é um cenário nem de alegria mas também nem de tristeza”, frisa o palestrante. Para ele ainda há muito o que se fazer para que possamos aproveitar as oportunidades do mercado internacional.

Gastos - Uma preocupação que o governo deve tomar para 2006, afirma ele, é com relação aos gastos. “Foi-se o tempo em que se gastava mais que arrecadava, principalmente porque 2006 é um ano eleitoral”. Com relação ao câmbio, ele avalia que pode haver uma pequena melhora em 2006, trazendo um alento para o setor produtivo, especialmente de exportações. Telmo Bradasch disse que os produtores que estão inseridos dentro do sistema cooperativista tem uma tranqüilidade maior em relação àquele que está fora. “Com certeza, para aquele que se aventura no mercado sozinho os riscos são muito maiores, o cooperativismo está sendo uma excelente alternativa para o agronegócio, basta ver o desempenho que as cooperativas tem no Paraná”, frisou.

Produção – Para falar sobre os “cenários da produção, preços e comercialização para soja e milho safra 2005/2006”, foi convidado o analista de mercado futuros da Fimat dos Estados Unidos, Vinícius Ito. Explicou em detalhes sobre o funcionamento da Bolsa de Chigada, subida e queda. Produção americana e projeções para 2006. Segundo Ito, havia inicialmente uma previsão de queda na safra americana e que não acabou acontecendo. Para o consultor Planejamento Sicredi:

Mercado – Já o diretor do Ícone-Brasil/SP e professor da Faculdade de Engenharia Agronômica da USP, Marcos Jank fez uma ampla abordagem sobre as perspectivas do agronegócio brasileiro após as negociações internacionais no âmbito da OMC na 6ª Reunião Ministerial de Hong Kong em dezembro próximo. Jank prevê um crescimento com relação as exportações de commodities para a China e Índia e uma diminuição na participação relativa das exportações para a Europa. O palestrante também destacou o crescimento das exportações, que devem aumentar a demanda externa e não a negociações do governo, negociações intra-bloco ou acordos bilaterais. As negociações neste sentido estão avançando, porém não trouxeram resultado algum ainda, avalia.

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