INVESTIMENTOS II: Infraestrutura e qualificação de mão de obra desafiam interior

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O interior terá que ter investimentos em infraestrutura, formação e qualificação de mão de obra para atrair investimentos, na avaliação do economista Gilmar Mendes Lourenço, presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes). “Ainda existe um atraso na infraestrutura de transportes, que não recebe grandes investimentos desde o final da década de 1990. A questão do pedágio também precisa ser mais equacionada. É preciso melhorar a qualidade do serviço e reduzir a tarifa”, diz. Segundo ele, um exemplo é o interior de São Paulo, que soube combinar infraestrutura e excelência de ensino e hoje é cobiçado pelas empresas que querem investir no país. “Com essas condições, não há necessidade de incentivos e nem fundos compensatórios. As empresas vêm naturalmente”, diz.

Preparação - Para Lourenço, o interior terá que se preparar para essa nova leva de investimentos, até porque os terrenos na região de Curitiba estão casa vez mais escassos, caros e limitados por questões de ordem ambiental. De maneira geral, os investimentos do interior do estado terão que passar pelo desenvolvimento das vocações regionais e arranjos produtivos locais. “Essa é uma forma de atenuar desníveis regionais”, diz.

Concentração - Com a industrialização da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) a partir do fim da década de 1990, houve um aumento da concentração da riqueza no estado. Em 1999, segundo dados do IBGE, 39,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado estava na Região Metropolitana de Curitiba. Em 2010, esse porcentual estava em 43,7%. (Gazeta do Povo)

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