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IBGE e Conab preveem crescimento entre 8% e 10% na safra 2024/2025

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safra 17 01 2025Levantamentos apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revelam otimismo em relação às safras de cereais, oleaginosas e leguminosas 2024/2025. O IBGE estima que a safra de grãos no país deverá chegar a 322,6 milhões de toneladas, um crescimento de 10,2% em relação a 2024, com 29,9 milhões de toneladas a mais que na safra passada. De acordo com a Conab, a previsão é de 322,3 milhões de toneladas, com uma safra 8,2% maior em comparação a 2024, com 24,5 milhões de toneladas a mais.

Ainda de acordo com a Companhia, a previsão é de uma produção de 166,33 milhões de toneladas de soja, 18,61 milhões de toneladas acima do total produzido na safra anterior. O milho deve registrar uma colheita total de 119,6 milhões de toneladas em 2024/2025, 3,3% acima da temporada anterior. A produção total de feijão também deve registrar crescimento de 4,9%, com estimativa de 3,4 milhões de toneladas, a segunda maior safra dos últimos 15 anos, perdendo apenas para a temporada 2013/2014.

Recordes históricos

Se as projeções forem confirmadas, serão recordes históricos no Brasil e no Paraná. No estado, a expectativa é de uma safra de 45 milhões de toneladas de grãos, sendo que a cultura da soja é responsável por cerca de 50% deste total. O volume é complementado pelas safras de milho, com expectativa de 16 milhões de toneladas, trigo, feijão e cevada.

O analista de Desenvolvimento Técnico do Sistema Ocepar, Salatiel Turra, destaca que, apesar das boas perspectivas, ainda há pontos de atenção no Paraná. “A escassez de chuvas e as altas temperaturas ocorridas no oeste do estado, no momento de desenvolvimento dos grãos, pode gerar perdas de produtividade em algumas propriedades. Este é um fator que pode afetar as projeções tanto estaduais quanto nacionais”, explica Turra, lembrando que nas áreas onde já ocorreu a colheita de soja, os agricultores aproveitam para plantar o milho safrinha; porém, sem chuvas significativas no oeste do estado, o plantio pode ser atrasado, o que representaria uma maior exposição da cultura a geadas e condições climáticas adversas.

“Embora o setor agro paranaense seja um dos mais inovadores, o que permitiu diversos avanços em produtividade, não há tecnologia disponível para controlar as instabilidades climáticas, que estão entre as maiores preocupação entre os produtores”, avalia. Turra também destaca que o impacto e as perdas promovidas pelas adversidades climáticas podem ser menos sentidos por produtores rurais associados a cooperativas. “Isso acontece porque a assistência técnica especializada ofertada pelas cooperativas pode antecipar possíveis vulnerabilidades de um ciclo e orientar o produtor sobre o plantio de culturas mais resistentes à seca ou a pragas, por exemplo. (Comunicação Sistema Ocepar. Foto: Gilson Abreu/AEN).

 

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