Entre as 300 maiores empresas do Sul, sete são cooperativas do PR

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Sete cooperativas do Paraná estão entre as 300 maiores empresas do sul, no ranking montado pela revista Expressão, na edição “Anuário Maiores do Sul”, que está nas bancas. As cooperativas que integram a relação são a Coamo (16a colocada), a C.Vale (40a), a Cocamar (42a), a Lar (60a) a Coopavel (71a), a Batavo (81a) e a Castrolanda (88a). A Bunge, com vendas de R$ 10,3 bilhões é a maior empresa do Sul, seguida pela Sadia, com R$ 5,0 bilhões em vendas. O ranking foi montado considerando diversos índices, como ativo total, venda líquida, crescimento das vendas, margem líquida, lucro líquido, patrimônio líquido, rentabilidade do PL e exportações. No item vendas, a Coamo surge em 8o lugar, com R$ 3,0 bilhões.

Desempenho dos 37 setores – A revista também montou um estudo considerando 37 setores da economia, onde as cooperativas são consideradas um setor, embora também produzam alimentos. As 300 empresas desses setores obtiveram vendas de R$ 137,9 bilhões durante o ano de 2003, com um crescimento de 9,33% em relação ao ano anterior, e lucro líquido de R$ 10,3 bilhões e uma rentabilidade do PL de apenas 0,40 %. Uma avaliação da rentabilidade do PL de cada setor permite compreender melhor o desempenho da economia. O setor de alimentos apresentou uma rentabilidade do PL de 6,58%, o de energia de 8,42% e as cooperativas de 17,28%. Os setores que apresentaram a maior rentabilidade do PL foram os de material de gás (58,21%), transporte (41,25%), fumo (40,65%), petroquímica (39,91%) e editoras (gráficas e comunicação), com 3919%. A rentabilidade negativa ficou por conta das montadoras (-725,71%), do setor têxtil (-98,53%), e autopeças (–21,43%).

Setor de alimentos com maior faturamento – As 34 empresas do setor de alimentos que compõem o ranking das 300 maiores empresas faturaram R$ 31,2 bilhões, seguidas das 15 empresas de energia, que venderam R$ R$ 13,1 (bilhões). Em 3o lugar vêm as 6 empresas do setor petroquímico, que faturaram R$ 11,1 bilhões, e em 4o lugar, o setor cooperativo, com 13 empresas, que faturaram R$ 10,1 bilhão. Esses quatro setores respondem por 47,6% do total do faturamento das 300 maiores empresas do Sul.

Investimentos estratégicos – Os três estados do Sul precisam investir R$ 9,3 bilhões em infra-estrutura rodoviária, portuária, aeroviária e ferroviária, para permitir o escoamento tranqüilo da produção. O setor mais carente é o rodoviário, que exigirá investimentos de R$ 4,1 bilhões, segundo informações obtidas pela revista junto ao Ministério dos Transportes. Em seguida vem o ferroviário, que exigirá quase R$ 4 bilhões em investimentos, e a modernização dos portos, que demandará R$ 838 milhões.

Receita de sucesso da Coamo – No setor cooperativista, a Coamo é a maior em três dos quatro itens: a maior (geral), a maior em vendas e a maior em rentabilidade. Só perde em crescimento em vendas para a Batavo. Entrevistado pela revista Expressão, o presidente José Aroldo Gallassini explica as razões do sucesso: “Estamos sempre buscando a participação do cooperado e realizamos reuniões e programas sociais que envolvem toda a família do agricultor. Também riscamos a palavra paternalismo do nosso dicionário e trabalhamos com profissionalismo junto ao quadro funcional”.

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