Economista mexicano conhece Ocepar e Cooperativa Bom Jesus.
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No dia 20 o economista mexicano Mário Rechy Montiel visitou a Ocepar por solicitação da Secretaria de Estado da Indústria e Comércio. Mário Rechy Montiel é economista e antropólogo, presidente do conselho da Aztek Harvest S/A de C.V , empresa mexicana que comercializa Café, pimenta, cacau, tequila, limão e produtos do mar. Também exerce uma função pública como Coordenador Técnico de Assessores de Gabinete do Secretário da Secretaria de Estado do Trabalho e Previdência Social. Acompanhado de assessores, o secretário e foi atendidos na Ocepar por Guntolf van Kaick, assessor da diretoria, que repassou informações sobre o Cooperativismo do Paraná. No dia seguinte o grupo foi à Lapa para conhecer a Cooperativa Mista Bom Jesus. O Sr. Mário informou que o seu interesse em conhecer como funcionam as cooperativas no Brasil é para tentar melhorar a forma de funcionamento das cooperativas no México.
Economia mexicana - No México as atividades econômicas estão fundamentadas em três setores: Público, Privado e Social . No Social é onde estão as cooperativas. O maior problema do México é o desemprego. A capital tem 20 milhões de habitantes e os problemas econômicos e sociais são grandes, sendo que durante os anos 70 o setor público dominava a economia, pois havia grandes empresas estatais, que passaram por uma fase de privatização, sendo que hoje o setor privado domina a economia. Como as empresas privadas que não são competitivas ou são mal administradas acabam quebrando e aumentando o número de desempregados. Os tipos de cooperativas que funcionam no México são as de crédito, as de seguros e as de produção industrial. As de produção industrial, são cooperativas constituídas por funcionários de empresas que quebraram. Como exemplo, citou uma cooperativa de produção de cimento que é enorme, operando quatro plantas industriais de cimento. Citou ainda outra cooperativa de produção de vagões para trens. Deixou transparecer que as cooperativas de seguros são consideradas como as mais importantes.
As cooperativas
de seguro - Os agricultores associados deste tipo de cooperativa (a grande
maioria) pagam anualmente para a cooperativa 10% da produção,
cujo valor vai compor um fundo de seguridade da produção. A taxa
de 10% é igual para todos, independe do produto que está sendo
cultivado. A taxa de risco de sinistro na agricultura é alta girando
em torno de 7% de tal forma que do valor depositado no fundo há uma sobra
de 3%. Em caso de sinistro a cooperativa envia os seus inspetores para elaboração
do laudo (São funcionários da cooperativa). As lavouras cujos
associados estão fazendo parte do fundo são acompanhadas pelos
agrônomos e técnicos agrícolas (funcionários da cooperativa).
Como já estão funcionando há vários anos, os 3%
que sobram nos fundos representam um volume financeiro enorme, a tal ponto das
cooperativas de seguros serem os agentes de fomento de novas tecnologias no
campo, além de aplicarem parte deste fundo no mercado de financeiro para
gerar rendas adicionais para reduzir os riscos. As cooperativas procuram fazer
headge sobre o total do risco através de contrato futuro para se garantir
nas oscilações de preços, pois a posição
com os cooperados é no físico e a cooperativa precisa se prevenir
contra as flutuações do mercado.