ECONOMIA: Mantega quer alta de 8% a 10% do investimento em 2013

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira (12/11) que o governo está acelerando o crescimento da economia para garantir expansão acima de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. Para garantir esse crescimento, segundo ele, o investimento terá que aumentar entre 8% e 10% em relação a 2012.

Política fiscal sólida - Para Mantega, o Brasil está ancorado em uma política fiscal sólida que habilita o país a tomar medidas anticíclicas. O ministro lembrou que o governo já adotou esse tipo de política em 2008 e 2009, quando o governo injetou R$ 200 bilhões no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Anticíclica - Mantega, que participou do 2º Prêmio Naval de Qualidade e Sustentabilidade, no Rio, reiterou que a política anticíclica continuará em 2012 e previu que até o fim do ano o governo terá concedido R$ 45 bilhões em desonerações fiscais, montante equivalente a 1% do PIB. O ministro também disse que o governo está reduzindo o custo de capital para investimento.

Redução do custo financeiro - As medidas incluem, segundo ele, redução do custo financeiro e de tributos. "O investimento fica mais reticente na crise. Temos que tornar atraente investir no Brasil. Não há grandes alternativas para investimento no mundo, então o Brasil é uma ótima alternativa para brasileiros e estrangeiros."

Juros altos - Para o ministro da Fazenda, o Brasil não precisa mais ter taxas de juros elevadas. Respondendo a uma pergunta sobre o efeito das mudanças nas regras dos compulsórios dos bancos, Mantega disse que o que realmente pesa sobre a taxa de juros, a Selic, é a situação da inflação. "Não precisa ter mais as taxas de juros de antigamente, o que não significa que se houver repique inflacionário o Banco Central [pode] estar atuando."

Crise internacional - Mantega disse não acreditar em agravamento da crise internacional. "A crise vai continuar a ser empurrada com a barriga e não vai melhorar nem piorar." Segundo ele, a situação pode melhorar um pouco dependendo da estratégia dos políticos europeus e se o presidente americano, Barack Obama, superar o chamado abismo fiscal. (Valor Econômico)

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