COTRIGUAÇU: Governador visita área do novo Terminal Ferroviário

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Quando esteve em Cascavel, na última quinta-feira (03/11), para inaugurar as obras de ampliação das novas atividades do Porto Seco-Codapar, o governador do Estado Beto Richa foi conhecer o espaço concedido pela Ferroeste à Cotriguaçu. “Estamos fazendo uma grande parceria com as cooperativas deste estado, que são o orgulho do Paraná e que estão no topo das cooperativas mundiais”, disse.

 

Terminal ferroviário - A área concedida mede 11,5 hectares, onde será instalado o terminal ferroviário, que servirá de apoio aos agricultores da região Oeste, através da Cotriguaçu e suas quatro cooperativas afiliadas – C-vale, Coopavel, Copacol e Lar. A princípio, serão instaladas as câmaras frias, com capacidade para 10 mil toneladas na primeira etapa e 20 mil toneladas em segunda etapa. Nessa mesma área há espaço disponível para a instalação de graneleiros para armazenagem de soja, milho e farelo também destinados à exportação. “Além de óleo de soja e outros produtos que venham a ser  industrializados e exportados pelas cooperativas da região”, disse o presidente da Cotriguaçu/Coopavel, Dilvo Grolli.

 

Investimentos - Inicialmente serão investidos R$ 53 milhões, sendo R$ 43 milhões para as câmaras frias e estrutura de apoio e R$ 10 milhões para a aquisição de vagões. As locomotivas serão concedidas pela Ferropar, que fará o transporte. “Trata-se de uma parceria público-privada que beneficiará ambas as partes”, afirmou Dilvo Grolli, salientando que a Cotriguaçu é a primeira cooperativa do Brasil a investir em transporte ferroviário.

 

Embarques - Somente em 2011, a Cotriguaçu vai embarcar 2,5 milhões de toneladas de grãos que sairão da região Oeste, em seu terminal portuário, em Paranaguá. O transporte via trem é considerado o 2º mais barato do mundo, mas a região Oeste do Paraná, uma das maiores produtoras de grãos do país, ainda transporta mais de 90% da sua produção por rodovias. “Com a instalação do terminal ferroviário em Cascavel, serão economizados cerca de R$ 100 milhões por ano em transporte com produtos destinados à exportação”, afirmou Dilvo Grolli ao explicar que esse dinheiro ficará com a cadeia produtiva da região e gerar economia para a agricultura local.

 

Carne - A carne é outro importante produto do Oeste destinado à exportação. Somente as quatro cooperativas afiliadas à Cotriguaçu – C-vale, Coopavel, Copacol e Lar, abatem 1 milhão de aves por dia e, nos próximos 5 anos, chegarão de 1,7 a 1,8 milhão de aves/dia. Dessa produção, 20 mil toneladas por mês são exportadas. Um número que também irá dobrar, chegando a 40 mil toneladas/mês nos próximos 5 anos. “É com o objetivo de atender essa demanda maior no transporte e de reduzir os custos, que a Cotriguaçu decidiu investir no transporte ferroviário de Cascavel à Paranaguá”.

 

Parceria inédita - O diretor presidente da Ferroeste, Mauricio Querino Theodoro, que acompanhou o governador e também esteve na Coopavel no dia 04 de novembro, disse que essa parceria é inédita e muito representativa para o Estado, que deixa de ser um gerador de frete para ser um parceiro do setor produtivo através das cooperativas. “Estamos nos colocando à disposição e abrindo as planilhas de custo da ferrovia para ficarmos mais acessíveis e atender às necessidades de toda a cadeia produtiva dessa região”. Segundo Maurício, este é o primeiro passo apara dar condições às cooperativas para que possam gerar mais riquezas ao campo e beneficiar o agronegócio regional.

 

Projeção para o futuro – Atualmente, a Ferroeste tem capacidade para transportar 3 milhões de toneladas/ano, porque a partir de Guarapuava depende de outra concessão. Entretanto, em 2010 foram transportadas somente 1,1 milhão de toneladas. O objetivo, segundo Maurício, é ultrapassar as 2 milhões de toneladas no próximo ano. Porém, há um projeto em estudo, para interligar a cidade de Maracajú/MS à Paranaguá, via uma única estrada de ferro. “Atualmente está em estudo a viabilidade econômica desse projeto, mas quando implantado, terá capacidade para transportar 21 milhões de toneladas por ano”, enfatizou o presidente da Ferroeste, salientando que, ao se concretizar, a obra trará inúmeros benefícios para a economia de ambos os estados. (Assessoria de Imprensa Coopavel)

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