Cooperativas das regiões Norte e Noroeste se reúnem em Londrina

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Cooperativas das regiões Norte e Noroeste do Paraná reuniram-se ontem durante o Encontro de Cooperativas, promovido pelo Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), na 44a Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina. Na pauta de discussões, as principais reivindicações do setor e a formatação do planejamento estratégico para os próximos cinco anos. As cooperativas que representam 52% do agronegócio paranaense acumularam faturamento de R$ 15 bilhões no ano passado. No período, foram recebidos 14 milhões de toneladas de grãos. A exportação destes produtos rendeu R$ 800 milhões. ''Precisamos nos unir para exercermos nossa força'', afirmou Carlos Yoshio Murate, presidente da cooperativa Integrada. Uma das formas de fortalecimento é a união das cooperativas para comercialização em conjunto. A iniciativa, segundo Murate, garantiria maior escala e melhores resultados nas negociações, colocando o setor em condições de competir com as grandes empresas.

Desafios - Almir Montecelli, diretor da Ocepar e presidente da Cooperativa Central do Algodão (Coceal), comentou que os representantes das cooperativas aproveitaram o encontro para levantar as principais dificuldades enfrentadas pelo setor. Um dos problemas é a falta de crédito para custeio da lavoura. De acordo com Montecelli, os recursos disponíveis são suficientes para cobrir apenas 20% das necessidades. ''Além disso, é comum os bancos vincularem a concessão do crédito rural à aquisição de outros serviços'', criticou, acrescentando que as cooperativas também esperam o retorno do seguro agrícola. Outra dificuldade é a falta de logística para escoamento da safra no Porto de Paranaguá. Por causa dos problemas de estrutura, agricultores perdem R$ 3,00 por saca de soja exportada pelo porto (em comparação com o ano passado). A falta de armazéns para guardar a safra brasileira estimada em 120 milhões de toneladas de grãos também preocupa a Ocepar. ''A logística não acompanhou o crescimento da agricultura'', comentou Murate. Em 2004, as cooperativas paranaenses pretendem investir R$ 240 milhões na reforma e construção de armazéns. A consolidação desses planos, porém, depende da alocação de recursos por parte do governo federal. (Fonte: Folha de Londrina)

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