COOPAVEL: Comitiva da União Européia visita cooperativa em Cascavel

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O superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná, Daniel Gonçalves Filho, esteve na Coopavel acompanhando uma comitiva formada por 40 pessoas, entre técnicos das indústrias dos países do Mercosul e representantes do setor de importação da Comunidade Européia. A visita realizada ao parque industrial da Cooperativa, serviu como extensão de um treinamento que aconteceu em Foz do Iguaçu, proferido pelos especialistas da Comunidade Européia e dirigido aos fiscais federais, empresários e técnicos das indústrias frigoríficas dos países do Mercosul: Brasil, Colômbia, Chile, Peru e Bélgica, por iniciativa do Instituto Tecnológico Agroalimentar (AINIA), uma associação privada sem fins lucrativos, da Espanha, constituída por empresários do setor agroalimentício e ligada à Federação Européia de Organizações de Investigação Industrial e Cooperativa.

Participação do Brasil - O objetivo do evento, segundo Daniel Gonçalves Filho, é detectar os pontos que precisam ser afinados entre a Comunidade Européia e o Mercosul, para que o Brasil possa capacitar o maior número de indústrias possíveis, para a exportação. "Hoje o Brasil possui 112 plantas frigoríficas de aves habilitadas. Dessas, 34 estão no Paraná, mas somente 12 conseguem vender seus produtos para a Europa", explicou o Superintendente, ao esclarecer que o Mercosul tem grande interesse em disputar com maior competitividade esse mercado equivalente a mais de 100 bilhões de dólares. "E o primeiro passo é aumentar a nossa cota de participação nas exportações à Europa", afirma. A comissão da União Européia, que coordenou o treinamento, estava composta pelo Conselheiro Comercial Jorge CastelBranco Soares; Damián Frontera - da AINIA e, Isabelle Rollier - da European Comission. Com a realização do evento, em Foz do Iguaçu, iniciaram-se discussões quanto às diretrizes para as exportações, de forma que todos os procedimentos em termos de qualidade das inspeções nas industrias sejam unificados na América do Sul e em condições de atender ao mercado mundial.

 

Abatedouro - Na Coopavel a comitiva foi recepcionada no Frigorífico de Aves, onde participaram de uma explanação feita pelo diretor presidente, Dilvo Grolli, e depois conheceram as instalações internas da indústria que abate atualmente 190 mil aves dia e gera mais de dois mil empregos diretos. Enquanto conversava com os visitantes, Grolli passou alguns dados do cooperativismo e do agronegócio nacional. "No sistema cooperativista seguimos princípios e valores, econômicos e sociais comuns", afirmou, ao salientar que as cooperativas olham para o todo, processo industrial e pessoas, ao mesmo tempo. "Fazemos com que os funcionários participem do nosso negócio e compreendam que, ao melhorar a estrutura das comunidades estamos melhorando a estrutura para as pessoas", disse Grolli. Ele também salientou a distribuição de renda e a responsabilidade das cooperativas para com o meio ambiente. "Somos empresa de pessoas e não de capital, por isso temos responsabilidade social".

 

Paraná - Grolli citou ainda alguns números importantes, como o número de cooperativistas no Brasil, composto por 8,5 milhões de famílias. "São 40 milhões de pessoas, ou 20% da população nacional envolvida com o sistema", enfatizou. No Paraná são 238 cooperativas que englobam 500 mil pessoas e geram 63% do PIB Agrícola, colocando o Estado como o primeiro do Brasil no ranking da produção de frangos e de grãos. "Em 2009 as cooperativas paranaenses exportaram o equivalente 8,1 bilhões de dólares, mas só conseguiram isso porque estão estruturadas, com equipamentos modernos e pessoas capacitadas", disse Grolli aos importadores e demais visitantes, mostrando que a maior preocupação das cooperativas é viabilizar o produtor rural e crescer simultaneamente, promovendo a sustentabilidade do agronegócio. "Temos consciência de que as cooperativas precisam interagir com o produtor, gerando cada vez mais oportunidade de renda e assim desenvolver as comunidades. Que temos que ser eficientes, porém sem perder a responsabilidade social e ambiental".

 

Produtividade - Para finalizar, o presidente da Coopavel salientou a abertura que o país possui para as novas tecnologias mundiais na produção de grãos, e que por isso tem crescido em larga escala na produtividade, aumentando a produção sem afetar a floresta amazônica, a qual defendemos mais que qualquer outro país do mundo. "42% da produção nacional de grãos está no sul do Brasil e somente 3% no norte, região da Amazônia", finalizou Dilvo Grolli, lembrando que nos últimos 15 anos o país aumentou a produção de grãos em 154%, mas a área agrícola expandiu somente em 25%. (Assessoria de Imprenas Coopavel)

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