COMÉRCIO INTERNACIONAL: Na Ocepar, Carfantan e Rodrigues falam sobre agronegócio

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Acontece nesta quinta-feira (23/11) no auditório da Ocepar, na Avenida Cândido de Abreu, em Curitiba, o Fórum de Comércio Internacional 2006. Os objetivos do evento são analisar as perspectivas do agronegócio do Paraná e o posicionamento das cooperativas no cenário mundial, além de analisar os resultados das negociações no comércio internacional e as tendências para os próximos anos, bem como identificar possíveis parceiros comerciais do Brasil e os caminhos para as cooperativas exportarem. O evento, com mais de 80 inscritos, é uma promoção da Ocepar e cooperativas agropecuárias do Estado. O fórum está voltado a dirigentes comerciais e profissionais das cooperativas do ramo agropecuário.

Mercados e potencialidades - O economista e professor da Escola Superior de Agricultura de Angers (na França) e consultor na área de comércio internacional Jean-Yves Carfatan falou sobre o cenário dos mercados internacionais de produtos agropecuários e o que podem fazer as cooperativas para conquistar mais espaço no mercado mundial e agregar valor aos produtos. Carfantan disse que tem uma “doença difícil de curar”, que é o otimismo. “O Brasil tem um futuro promissor nos mercados internacionais. Estamos entrando em uma nova fase muito favorável para o agronegócio brasileiro, com sinais de uma mudança estrutural e não apenas conjuntural”, comentou, falando sobre a recuperação dos preços internacionais de vários produtos, especialmente grãos. Essa fase tem duas características importantes, na avaliação do professor. “A agricultura está se tornando, isso não só no Brasil como no mundo, a primeira fonte de energias renováveis. E isso cria uma demanda nova que vem alterando o funcionamento dos mercados agrícolas. Os Estados Unidos vão reduzir, nos próximos anos, as exportações de milho porque vai precisar dele para produção de etanol para consumo interno. Isso é uma novidade completa. Isso abre oportunidade para o Brasil”.

Chance - Ao abordar as economias dos Estados Unidos e China, o professor falou que o atual motor do crescimento dá sinais de fraqueza. Na avaliação dele, esse motor está perdendo força. Carfantan disse ainda que a produção de etanol dos Estados Unidos vai passar a absorver mais milho que as exportações. “O Brasil tem que aproveitar esse novo ciclo para resolver suas dificuldades estruturais”, completou Carfantan, citando problemas logísticos e sanitários. Carfantan destacou que há uma oportunidade de mudar o paradigma ao se aproveitar a crise no agronegócio e as novas exigências sócio-ambientais.  Segundo ele, o Brasil precisa converter seu agronegócio de commodities para produtos de alto valor agregado. E, nesse cenário, as cooperativas têm grandes oportunidades, destacou o economista.

Rodrigues - O ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e consultor Roberto Rodrigues vai abordar, a partir das 14 horas, negociações internacionais, blocos econômicos e ganhos e perdas na rodada de Doha para o Brasil. Em sua palestra, Rodrigues vai trazer também dicas para o exportador brasileiro. A cobertura completa da palestra de Roberto Rodrigues será publicada na próxima edição desse Informativo.

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