COAMO I: Agroindústria amortece a seca, avalia Gallassini

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A quebra na produção nacional de grãos - concentrada no Sul do país - terá seus efeitos na economia amortecidos pela atividade agroindustrial, segundo o presidente da Coamo Agroin­­dustrial, Aroldo Gallas­­sini. Pres­­tes a renovar a permanência no comando da maior cooperativa de produção da América Latina por mais quatro anos, ele disse, em entrevista à Expedição Safra Gazeta do Povo, que a empresa vai perseguir a meta de ampliar a recepção de grãos de 9 milhões (2011) para 10 milhões (2012) de toneladas. A estratégia promete manter as exportações da empresa em alta nesse ciclo. "Mesmo com a seca, o desempenho da agroindústria pode ser igual ao de um ano de safra cheia", avaliou.

 

Perdas - A Coamo estima que as perdas climáticas em sua área de abrangência - Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul - serão de aproximadamente 15%, tanto na colheita da soja quanto na do milho. Esses índices estão abaixo dos estimados localmente. Se­­gundo Gallassini, apesar de a cooperativa atuar nas regiões mais afetadas, boa parte dos cooperados escapou dos efeitos mais graves das estiagens. As indústrias da Coamo processam mais de um terço da produção dos cooperados e ajudam a elevar o faturamento da empresa - que chegou a R$ 5,97 bi­­lhões em 2011 (R$ 1,17 bilhão a mais do que em 2010) - e teria condições de se manter neste ano. Com base neste cenário, a empresa mantém seu plano de investimento em R$ 200 milhões para o exercício.

 

Preços - Outra questão que colabora para a boa fase da agroindústria é a possibilidade de aumento nos preços dos grãos e nos valores das exportações, considera o executivo. "A quebra atinge não só o Brasil, mas também a Argentina e o Paraguai. Com isso, a tendência de preço é boa", avalia. Ele pondera que a crise na Europa tem influência negativa nos índices, mas não aposta em quedas expressivas. Os preços estão se mantendo com base numa previsão de oferta que pode ser revisada para baixo, aponta. "A previsão de produção global pode se confirmar, mas os Estados Unidos ainda nem plantaram a soja e o milho [2012/13]."

 

Prestação de contas - Gallassini cumpre nos próximos dias uma maratona de reuniões de prestação de contas com cooperados da empresa, que somam 22 mil produtores rurais. Ele revelou que as sobras referentes a 2011 vão somar R$ 161 milhões. A última parcela deve ser paga na próxima semana. O valor é recorde e supera o de 2010 em R$ 58 milhões (56%). Em média, cada cooperado deve receber R$ 6,6 mil como "dé­­cimo terceiro salário". (Gazeta do Povo)

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